"O
Cerco de Jericó consiste em uma oração de
sete dias e seis noites de Rosários consecutivos diante do
Santíssimo Sacramento exposto.”
(Pode-se organizar uma tabela de
hora em hora de modo que em cada hora fique um grupo de
pessoas rezando o Rosário diante do Santíssimo.)
“Pela fé caíram os muros de Jericó, depois de
rodeados por sete dias.” Hebreus 11, 30.
“Os muros de Jericó caíram
ao som das trombetas da oração”, afirmava La Pira em 1959, no regresso da
primeira viagem que um político ocidental efetuava à Rússia, depois da guerra.
Torna-se cada vez mais comum as comunidades adoradoras
fazerem o Cerco de Jericó. De que se trata?
Esta prática nasceu na Polônia. Consiste na oração
incessante de Rosários, durante sete dias e seis noites,
diante do Santíssimo Sacramento exposto.
A ORIGEM
De onde veio a inspiração paro o
“Cerco de
Jericó”? No Antigo Testamento, depois da morte de Moisés,
Deus escolheu Josué para conduzir o povo hebreu. Deus disse
a Josué que atravessasse o Jordão com todo o povo e tomasse
posse da Terra Prometida. A cidade de Jericó era uma
fortaleza inexpugnável. Ao chegar junto às muralhas de
Jericó, Josué ergueu os olhos e viu um Anjo, com uma espada
na mão, que lhe deu ordens concretas e detalhadas.
Josué e todo Israel executaram fielmente as ordens
recebidas: durante seis dias, os valentes guerreiros de
Israel deram uma volta em torno da cidade. No sétimo dia,
deram sete voltas. Durante a sétima volta, ao som da
trombeta, todo o povo levantou um grande clamor e, pelo
poder de Deus, as muralhas de Jericó caíram… (cf. Js 6).
O Santo Padre João Paulo II devia ir à Polônia a 8
de maio de 1979, para o 91º aniversário do martírio de Santo
Estanislau, bispo de Cracóvia. Era a primeira vez que o Papa
visitava o seu país, sob o regime comunista; era uma visita
importantíssima e muito difícil. Aqui começaria a ruína do
comunismo ateu e a queda do muro de Berlim.
Em fins de novembro de 1978, sete semanas depois do
Conclave que o havia eleito Papa, Nossa Senhora do Santo
Rosário teria dado uma ordem precisa a uma alma privilegiada
da Polônia: “Para a preparação da primeira peregrinação do
Papa à sua Pátria, deve-se organizar na primeira semana de
maio de 1979, em Jasna Gora (Santuário Mariano), um
Congresso do Rosário:
sete dias e seis noites de Rosários consecutivos diante do
Santíssimo Sacramento exposto.”
No dia da Imaculada Conceição (8 de dezembro de
1978), Anatol Kazczuck, daí em diante promotor desses
Cercos, apresentou a ordem da Rainha do Céu a Monsenhor
Kraszewski, bispo auxiliar da Comissão Mariana do
Episcopado. Ele respondeu: “É bom rezar diante do Santíssimo
Sacramento exposto; é bom rezar o Terço pelo Papa; é bom
rezar em Jasna Gora. Podeis fazê-lo.”
Anatol apresentou também a mensagem de Nossa
Senhora a Monsenhor Stefano Barata, bispo de Czestochowa e
Presidente da
Comissão Mariana do Episcopado. Ele
alegrou-se com o projeto, mas aconselhou-os a não darem o
nome de “Congresso”, para maior facilidade na sua
organização. Então, deu-se o nome de “Cerco de Jericó” a
esta iniciativa.
O padre-diretor de Jasna Gora aprovou o projeto,
mas não queria que se realizasse em maio por causa dos
preparativos para a visita do Santo Padre. Dizia ele: “Seria
melhor em abril.” “Mas a Rainha do Céu deu ordens para se
organizarem esses Rosários permanentes na primeira semana de
maio”, respondeu o Sr. Anatol. O padre aceitou,
recomendando-lhe que fossem evitadas perturbações.
A Santíssima Virgem sabia bem que o Cerco de Jericó
em maio não iria perturbar a visita do Papa, porque ele não
viria. E, logo a seguir, as autoridades recusaram o visto de
entrada no país ao Santo Padre, como tinham feito a Paulo VI
em 1966. Consternação geral em toda a Polônia! O Papa não
poderia visitar a sua Pátria.
Foi, então, com redobrado fervor que se organizou o
“assalto” de Rosários. E, no dia 7 de maio, ao mesmo tempo
que terminava o Cerco, caíram “as muralhas de Jericó”. Um
comunicado oficial anunciava que o Santo Padre visitaria a
Polônia de 2 a 10 de junho. Sabe-se como o povo polonês
viveu esses nove dias com o Papa, o “seu” Santo Padre, numa
alegria indescritível!
No dia de 10 de junho, João Paulo II terminava a
sua peregrinação, consagrando, com todo Episcopado polonês,
a nação polaca ao Coração Doloroso e Imaculado de Maria,
diante de um milhão e quinhentos mil fiéis reunidos em
Blonic Kraskoskic. Foi a apoteose!
Depois dessa estrondosa vitória, a Santíssima
Virgem ordenou que se organizassem Cercos de Jericó todas as
vezes que o Papa João Paulo II saísse em viagem apostólica.
“O Rosário tem um poder de exorcismo”, dizem os nossos
amigos da Polônia, “ele torna o demônio impotente.”
Por ocasião do atentado contra o Papa, em 13 de
maio de 1981, os poloneses lançaram de novo um formidável
“assalto” de Rosários e obtiveram o seu inesperado
restabelecimento. Mais uma vez, as muralhas de ódio de
Satanás se abatiam diante do poder da Ave-Maria.
Em várias partes do mundo estão sendo realizados
agora Cercos de Jericó. A 2 de fevereiro de 1986, aquela
mesma alma privilegiada recebia outra mensagem da Rainha
Vitoriosa do Santíssimo Rosário: “Ide ao Canadá, aos Estados
Unidos, à Inglaterra e à Alemanha para salvar o que ainda
pode ser salvo.” Nossa Senhora pede que se organizem os
Rosários permanentes e os Cercos de Jericó, se queremos ter
certeza da vitória.
Assim pode-se organizar grupos de pessoas que se
revezem de períodos em períodos de tempo, para que seja
rezado o Rosário permanentemente durante as 24 horas durante
os sete dias em que é feito o cerco de Jericó.
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