Católico não pode ser espírita


É preciso ficar bem claro que o espiritismo (bem como suas derivações) contradiz frontalmente a doutrina católica em muitos pontos, sendo, portanto, impossível a um católico ser também espírita. Em 1953, os Bispos do Brasil disseram que o espiritismo é o desvio doutrinário “mais perigoso” para o país, uma vez que “nega não apenas uma ou outra verdade da nossa fé, mas todas elas, tendo, no entanto, a cautela de dizer-se cristão, de modo a deixar, a católicos menos avisados, a impressão erradíssima de ser possível conciliar catolicismo com espiritismo” (Espiritismo, orientação para os católicos, D.Boaventura Kloppenburg, Ed. Loyola, 5ªed, 1995,pag.11).


Muitas passagens da Bíblia comprovam o que está dito acima. A principal delas é a que está no livro do Deuteronômio: “Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha [magia negra], nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou à evocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas práticas…” (Deuteronômio 18,9-13). Essas palavras da Bíblia são muito claras e fortes e não deixam dúvida sobre a proibição “radical” de Deus a todas as formas de ocultismo e busca de poder ou de conhecimento fora da vontade de Deus. E isto é um perigo para a vida cristã, porque “contamina” a alma.


Por “adivinhos” devemos entender todas as formas de se buscar o conhecimento de realidades ocultas, conhecer o futuro, etc. Entre essas práticas estão, entre outras, a invocação dos mortos (necromancia), a leitura das mãos (quiromancia), a astrologia, os búzios, cartomancia, consultas aos cristais, tarôs, numerologia, etc. Uma verdade bíblica que todo católico precisa saber, é o que disse São Paulo aos coríntios: “As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas aos demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da


mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou quereis provocar a ira do Senhor”? (1 Cor 10,20´22).


O espiritismo nega pelo menos 40 verdades da fé cristã:


1 – Nega o mistério, e ensina que tudo pode ser compreendido e explicado.


2 – Nega a inspiração divina da Bíblia.


3 – Nega o milagre.


4 – Nega a autoridade do Magistério da Igreja.


5 – Nega a infalibilidade do Papa.


6 – Nega a instituição divina da Igreja.


7 – Nega a suficiência da Revelação.


8 – Nega o mistério da Santíssima Trindade.


9 – Nega a existência de um Deus Pessoal e distinto do mundo.


10 – Nega a liberdade de Deus.


11 – Nega a criação a partir do nada.


12 – Nega a criação da alma humana por Deus.


13 – Nega a criação do corpo humano.


14 – Nega a união substancial entre o corpo e a alma.


15 – Nega a espiritualidade da alma.


16 – Nega a unidade do gênero humano.


17 – Nega a existência dos anjos.


18 – Nega a existência dos demônios.


19 – Nega a divindade de Jesus.


20 – Nega os milagres de Cristo.


21 – Nega a humanidade de Cristo.


22 – Nega os dogmas de Nossa Senhora (Imaculada Conceição, Virgindade


perpétua, Assunção, Maternidade divina).


23 – Nega nossa Redenção por Cristo (é o mais grave!).


24 – Nega o pecado original.


25 – Nega a graça divina.


26 – Nega a possibilidade do perdão dos pecados.


27 – Nega o valor da vida contemplativa e ascética.


28 – Nega toda a doutrina cristã do sobrenatural.


29 – Nega o valor dos Sacramentos.


30 – Nega a eficácia redentora do Batismo.


31 – Nega a presença real de Cristo na Eucaristia.


32 – Nega o valor da Confissão.


33 – Nega a indissolubilidade do Matrimônio.


34 – Nega a unicidade da vida terrestre.


35 – Nega o juízo particular depois da morte.


36 – Nega a existência do Purgatório.


37 – Nega a existência do Céu.


38 – Nega a existência do Inferno.


39 – Nega a ressurreição da carne.


40 – Nega o juízo final.


Apesar de tudo isso muitos continuam a proclamar que “o espiritismo e o Cristianismo ensinam a mesma coisa…” Na verdade é o “joio no meio do trigo” (Mt 13,28), que o inimigo semeou na messe do Senhor. Nada como o espiritismo nega tão radicalmente a doutrina católica.


Ouçamos, finalmente, a palavra oficial da nossa Mãe Igreja, que tão bem nos ensina através do Catecismo: “Todas as formas de adivinhação hão de ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas que erroneamente se supoem ´descobrir´ o futuro. A consulta aos horóscopos, a astrologia, a quiromancia (leitura das mãos), a interpretação de presságios e da sorte, os fenômenos de visão (bolas de cristais), o recurso a médiuns escondem uma vontade de poder sobre o tempo, sobre a história e finalmente sobre os homens, ao mesmo tempo que um desejo de ganhar para si os poderes ocultos. Estas práticas contradizem a honra e o respeito que, unidos ao amoroso temor, devemos exclusivamente a Deus” (N° 2116).”O espiritismo implica frequentemente práticas de adivinhação ou de magia. Por isso a Igreja adverte os fiéis a evitá-lo” (N° 2117).


Os católicos que se deram a essas práticas condenadas pela Igreja podem e devem abandoná-las com urgência. Devem procurar um sacerdote, fazer uma confissão clara dos seus pecados e prometer a Deus nunca mais se dar a essas práticas. É preciso também destruir todo material (livros, imagens, gravuras, vestes, etc) usadas e consagradas nesses cultos.


Parece que hoje, grande parte do povo, volta ao paganismo e às suas práticas idolátricas – isto nega o Cristianismo. A Igreja, como Mãe bondosa e cautelosa não quer que os seus filhos se percam.


LEITURA DOS SALMOS



UM SALMO PARA CADA OCASIÃO

Os 150 Salmos se dividem em quatro tipos básicos, correspondente às várias formas de encotro com Deus que o povo da Bíblia experimentou:
Salmos de Libertação: FINALIDADE: Suplicar pela vida / gritar; FATO BÍBLICO CORREPONDENTE: Opressão / êxodo / libertação; EXEMPLOS: Sl:3; 6;12; 22; 30; 124.
Salmos de Instrução: FINALIDADE: Aprender com a vida / ensinar; FATO BÍBLICO CORRESPONDENTE: Projeto de Deus / Aliança; EXEMPLOS: Sl 1; 15; 19; 114; 127.
Salmos de Louvor: FINALIDADE: Saborear a vida / louvar; FATO BÍBLICO CORRESPONDENTE: Criação; EXEMPLOS: Sl 8; 93; 104; 136; 139.
Salmos de Festa: FINALIDADE: Agradecer pela vida / festejar; FATO BÍBLICO CORRESPONDENTE: Cotidiano do povo; EXEMPLOS: Sl 45; 65; 84; 87; 133.

COMO ENCONTRAR UM SALMO?
A numeração dos Salmos não é igual em todas as traduções da Bíblia. Por quê?
Os Salmos surgiram em hebraico. Na tradução para o grego, os Salmos 9 e 10 foram copiados como se fossem um só, sob o número 9. Por isso, na tradução grega, o Salmo 11 ficou sendo 10 e assim por diante, até o Salmo 147, que foi dividido. A diferença atinge os Salmos 9 a 147.
A Igreja Católica costuma seguir a numeração grega. As traduções católicas mais recentes preferem a hebraica. Seguindo-a, respeitamos a estrutura original dos Salmos e entendemos melhor o pensamento dos autores.
Uma boa maneira de identificar um Salmo é citar o primeiro verso. Por exemplo: “O Senhor é meu pastor”(Sl 23) ou “O céu manifesta a glória de Deus”(Sl 19).

UMA ITENÇÃO ESCONDIDA
O Saltério fala da esperança na vinda de um messias, isto é, de um rei eleito pelo povo para defender o direito dos pobres (Sl 72,1-4). Muitos esperavam que o messias fosse descendente de Davi, o rei mais querido pelo povo.
Muitos Salmos são atribuídos a Davi em sua homenagem, o que equivalia a relacionar os Salmos à figura do messias.
Os cristãos reconheceram em Jesus de Nazaré o Messias esperado (Mt 1,1). Uma forma de costurar essa certeza com a tradição do povo foi aclamar Jesus como o Filho de Davi.

COMO REZAR OS SALMOS?1- Usar uma tradução em linguagem simples ou em versos.
2- Saborear o Salmo inteiro, com calma. Recitar em voz alta, sentir o ritmo e a beleza.
3- Ler um verso por vez, tentando clarear as passagens difíceis ou confusas.
4- Perceber a finalidade principal do Salmo: protestar, ensinar, louvar ou festejar?
5- Ver de que chão brotou o texto. Que dicas traz sobre a realidade econômica, social e política do povo da Bíblia?
6- Conversar com o Salmo. Discutir, acrescentar e até discordar do que está escrito ajuda a compreender a verdade por traz das palavras.
7- Relacionar o Salmo com outros trechos da Bíblia.
8- Relacionar o Salmo rezado com o projeto do Reino de Deus revelado em Jesus.
9- Juntar à reza do Salmo uma oração espontânea.
A reza diária dos Salmos ajuda a entender e atualizar o sentido da Palavra de Deus.

Fonte: Folheto Ecoando - formação interativa com catequistas - Editora Paulus

http://catequesepspa.blogspot.com.br/2008/12/salmos-resumo-da-bblia.html