A PASSIO DOMINI
(A PAIXÃO
DO SENHOR).
A HORA
SANTA NO HORTO DAS OLIVEIRAS.
(Rezar
nas quintas-feiras das 21:00 às 24:00 hs.)
INTRODUÇÃO
A vida do verdadeiro cristão é realmente uma
participação na vida de Jesus, é união com Ele.
O
Filho de Deus fez-se homem para glorificar a Seu PAI, para
redimir todos os homens e para santificar a vida humana
desde a concepção até à morte.
Estas
linhas estão escritas em forma de colóquio: ou seja, um
diálogo entre JESUS e a alma, porque JESUS quer realmente
entrar em contato pessoal conosco.
O Salvador convida-nos a sermos crianças como Ele, a amar a
Sua Mãe como Ele A amou e a sermos pequenos e humildes como
Ele. Aprendemos com JESUS e como Jesus de Nazaré a
santificar a vida familiar no dia-a-dia e o nosso trabalho.
Acompanhamo-lo na Sua Vida pública: as palavras das Suas
pregações também foram ditas para nós. E sempre que ouvimos
ou lemos a Palavra de DEUS na Sagrada Escritura, é Ele mesmo
que toca o nosso coração. Até aqui o povo ainda segue JESUS,
porém, quando Ele também os convida a participarem na
Sua paixão, o grupo dos Seus discípulos e verdadeiros amigos
torna-se realmente pequeno.
Na sua paixão, o Senhor fez reparação e pediu perdão a DEUS
pelos nossos pecados. Convidou os Apóstolos a vigiar com Ele
no Horto das Oliveiras, durante três amargas horas, mas eles
não O entenderam e adormeceram.
DEUS
continuou e continua a chamar almas, para que tomem parte
nos Seus sofrimentos.
Santa Margarida Maria Alacoque
(1647–1690),
escrevendo a terceira grande revelação de Jesus, com que foi
privilegiada, diz o seguinte:
“Em seguida, Ele revelou-Me as inefáveis maravilhas do Seu
puro Amor, o excesso deste Seu amor aos homens, dos quais
Ela nada recebe senão ingratidão e desprezo, e disse: “Isto
causa-Me uma tristeza Maior do que tudo quanto sofri na
Minha Paixão. Se os homens correspondessem, por pouco que
fosse ao Meu amor. Eu julgaria pouca tudo quanto fiz por
eles, e, se fosse possível, faria ainda muito mais. Contudo,
eles pagam com frieza e desprezo todo o Meu zelo em lhes
fazer bem. Por isso, ao menos tu, dá-Me alegria de reparar a
sua ingratidão, tanto quanto puderes!
Em cada noite de quinta-feira para sexta-feira quero-te
fazer participar na tristeza mortal, que Eu quis suportar no
Horto das Oliveiras. Sem poderes compreendê-lo, serás
mergulhada numa agonia mais dolorosa que a própria morte.
Para estares união comigo naquela oração humilde, que Eu,
então na Minha Agonia, dirigi, ao PAI, tens de levantar-te,
e, das onze à meia-noite, ficar prostrada por terra e rezar
comigo, para apaziguar a ira Divina e alcançar misericórdia
para os pecadores. Assim aliviarás, de certo modo, a
amargura que senti ao Ver-Me abandonado pelos Apóstolos, a
quem deveria censurar porque não tinham sido capazes de
vigiar, nem uma hora comigo. Nesta hora farás O que Eu te
ensinar”.
O
tempo atual está cheio de dificuldades. Quase nunca a crise
de fé foi tão profunda como hoje. Vemos como tem aumentado
a falta de fé, o abuso da sexualidade, o aborto, o
divórcio, o desespero, os suicídios, a soberba, as más
criticas à Igreja, os sacrilégios, a infidelidade de
sacerdotes e almas consagradas. A situação do mundo
é de fatos penosíssima!
O que
é que ainda pode ajudar?
-
A oração e o sacrifício.
Há
muitos movimentos e também alguns Institutos religiosos, que
na noite de quinta-feira, fazem uma(s) hora(s) de oração
pelos sacerdotes e pelas intenções da Santa Igreja.
As horas da Paixão do Senhor são horas especiais, em que
Jesus abre o seu coração para conceder ao mundo graças
abundantes de conversão, luz e fortaleza.
Nós também estamos convidados a entrar no Horto das
Oliveiras, para vigiar e orar em união com o Senhor.
Este
convite “Faz-Me companhia na noite de quinta-feira”,
significa:
-
Adorar o Senhor ofendido.
- Ter
compaixão do Senhor que sofre.
-
Repara os nossos pecados e os do mundo inteiro.
-
Oferecer preces pelo Santo Padre, pelos Bispos, pelos
Sacerdotes e pelo mundo inteiro.
-
Haurir forças para suportar os nossos próprios sofrimentos.
-
Alcançar graças para aqueles que estão longe e DEUS.
Tomemos, portanto a sério o convite do Senhor:
“Vigiai e orai”, e o de Sua Mãe, que na aparição
de 19.8.1917 em Fátima, disse aos pastorinhos: “Rezai,
rezai muito e fazei sacrifício pelos pecadores, por que não
há quem se sacrifique e peça por elas”.
Que
muitas pessoas sejam tocadas pelo sofrimento do Senhor,
despertem e se deixem inflamar do amor de Jesus que tanto
nos ama e é tão pouco amado.
VEM
COMIGO
Do Meu Sacrário, de todos os Sacrários onde estou, olho para
vós.
O
vosso mundo é um vasto campo onde crescem plantas daninhas,
pleno de sol e de cuidados, mas de mau terreno, cheio de
pedras e cardos, terreno duro, onde a semente não penetra,
ou onde as plantas são de imediato abafadas pelos cardos.
Vem
para mim junto de Mim olha comigo. Olha para os Meus
esforços, olha para o que tenho feito por este mundo ingrato
e vê a maneira como Me corresponde!...
Como
podeis viver tão sossegados?
É
verdade que a Minha Misericórdia está sempre operante,
buscando novos meios de lançar a semente. Mas... A quem é
que a aproveita? Quem lhe corresponde e a deixa crescer,
florir, frutificar? Quem corresponde a Misericórdia? A Minha
Misericórdia é um manto que vos abriga e protege, mas...
Quem se quer abrigar Debaixo dela?
Quantos a vão recusando todos os dias, dizendo sempre – que
mais tarde..., que não há perigo..., pois este manto está
sempre aqui, e acompanha-los-à sempre... E acabam por morrer
fora dele!...
Dizei-Me quantos querem, verdadeiramente, Aproveitar o Meu
Sacrifício de Redenção?
Vinde
olhar o mundo. Que vedes?
Mundanidade, esquecimento de Mim, ou ignorância quase total,
materialismo, paixões desenfreadas, vícios, moleza,
ambições, invejas e ódios, vidas estragadas e quantos
mergulhados em desespero!
Tive
piedade de vós e deixei o Céu, deixei a Minha Glória, para
vir viver no meio destes filhos. Tive pena, por não poderem
fazer nada para modificar a desgraçada condição em que o
pecado original os colocara, e ofereci-Me para reparar tal
falta, embora sabendo que tal reparação devia estar em
proporção com a Santidade do Pai, devia ser infinita. E
ofereci-Me para a dor infinita.
Vivi
entre nós, sujeito aos mesmos cansaços, À necessidade de
comer e de beber, de dormir, de descansar, sujeito ao
trabalho e a dificuldade de transpor distancias.
Sujeitei-Me a sofrer invejas e ódios de muitos, ingratidões
e indelicadezas, faltas de compreensão, a ser caluniado,
insultado, maltratado e morto.
A tudo
Me sujeitei por amor de ti e por amor de todos os teus
irmãos, mesmo por aqueles que Me faziam sofrer, por aqueles
que Me mataram, e por aqueles que, no decorrer dos séculos
Me esquecerem, me trocaram pelos seus prazeres e me traíram.
Queres
agradar-Me? Vem fazer-Me companhia. Mergulha nas páginas dos
Evangelhos diariamente, e vem para junto de Mim no tempo em
que vivi na terra.
Vem
comigo para o seio de Maria, Minha Mãe. Não há lugar mais
propício à oração e ao recolhimento.
O seio
de Maria é silencioso e canta louvores. Aqui encontar-Me-as
sempre, seja qual for a dificuldade em que te encontres. No
Coração de Maria encontrarás sempre o Meu Coração.
No
Coração de Maria, esse interior que tanto me encanta,
aprenderás a verdadeira oração, aquela que é feita com o
coração, que não é barulhenta, palavrosa ou teatral.
Aprenderás a oração silenciosa, oração feita mais de olhares
que de palavras, oração feita de amor e adoração, que depois
ressalta em caridade, mas caridade verdadeira, como a de
Minha Mãe, caridade que sai de si própria, que avança sem
esperar ser requisitada, que se dá sem esperar dar retorno,
porque, para Ela, a caridade é serviço feito por amor.
O
Coração de Maria deverá ser a tua morada habitual, aquela
onde vives, aonde regressas sempre, porque algumas vezes,
terás que sair para me acompanhares a outros lados.
Vem
comigo até Belém, contemplar-Me e adorar-Me no Meu
nascimento, acompanhando a oração de minha Mãe, de José e os
cânticos dos Anjos, que desceram do Céu para Me adorarem de
perto.
Vem comigo até Belém e aprenderás a estimar a
pobreza. Aprenderás a dar valor às coisas humildes e a não
julgar pelo que os olhos vêem, porque em Belém os teus olhos
apenas vêem um Menino muito pobre. E tu vais acreditar que
este Menino é Aquele que deves adorar, porque é o grande
Senhor do Céu e da Terra.
Quem iria esperar que o Deus infinito, o grande
Vencedor de todas as batalhas, se fizesse tão pequeno?
Vem aqui a esta gruta, adorar-Me e aprender a ser
pobre. Aqui é um lugar privilegiado, onde nem todos gostam
de vir. Preferem acompanhar-Me noutros lugares e vêem o Meu
presépio com um sorriso condescendente, como se coisa
unicamente para crianças ali estivesse.
Realmente, este lugar é coisa para crianças, mas
não esqueças que este lugar é a porta do Céu, e que o Céu é
para as crianças.
Todos os que se sentem adultos e muitos importantes
para penetrar no Meu presépio, tem muito que deixar para
poderem entrar no Céu.
Todos os que consideram o presépio um conjunto de
figuras de barro ou de qualquer outro material, com que
compõem a cena uma vez por ano, como uma recordação de festa
ou de folclore, ainda não perceberam nada do Reino do Céu,
que Eu vim anunciar a Terra.
Realmente, todos vos tendes de passar no Meu
Presépio com espírito de crianças para adorar esta Criança
que é Deus, e que aqui parece totalmente indigente e
insignificante, tão insignificante que, muitos de vós, nem
reparais nela nos vossos natais passados a correr entre
prendas, doces e familiares, entre viagens e outras
correrias.
Vem ao Meu presépio. Da gruta onde nasci chamo-te e
espero-te, para te revelar segredos de Amor que só comunico
aos simples de espírito, aos que Me amam por Mim próprio,
aos que Me amam tanto como criança como em adulto.
Sou criança, nada quero poder sem ajuda. Sou igual
às outras crianças recém-nascidas, mas sou o Rei dos Céus e
da Terra. Aprende a não te guiar pelas aparências, pelo que
vês, pelo que te parece, porque o que vês e o que te parece,
pode estar muito longe da realidade.
Aquilo que te parece que vês, pode não ser o que Eu
vejo. Aquilo que te parece bem, pode não ser o que Eu quero,
ou pode não ser o que Eu quero para ti.
Põe as tuas certeza apenas naquilo que te transmito
através das Sagradas Escrituras e através da Minha Igreja,
que institui Minha Representante na Terra, como são Meus
representantes aqueles que nela estão em autoridade.
Aceita nada saber, como criança. Aceita ser criança
comigo, no Meu Presépio. Aceita, como Eu, ser dependente,
como Eu precisar de uma Mãe.
Como Eu te submeterás à Mãe, que para ti está
visível e operante, a Igreja que é Minha, porque Eu a fundei
e conservo, apesar de todos os defeitos que, por vezes,
possam apresentar, alguns dos seus membros.
Lembra-te de uma coisa: não te enganas quando
obedeces a Igreja, aquilo que ela te manda, aquilo que ela
te ensina.
É obedecendo e vivendo na Igreja, que poderás
nascer como Eu e acompanhar-Me na continuação de Minha vida,
viver comigo, trabalhar e rezar comigo.
Não ter iludas, porque só vivendo, trabalhando e
rezando comigo, poderás viver bem com o teu dever e com os
irmãos que te cercam. Só assim poderás espalhar o Meu Amor e
chagar a santificar-te. São ilusões tudo o que pensas que
podes fazer só, porque nem rezar tu sabes fazer bem, se o
fizeres por ti próprio, se não o fizeres comigo.
Virás comigo para minha casa de Nazaré, o lar de
Amor familiar em que vivi, onde se trabalhava, rezava e
descansa em união comigo, em união com o mérito que Eu dava
a tudo o que se fazia.
Santificarás o teu dia se o viveres comigo, com
Minha Mãe e como José na nossa humilde casa, fazendo o teu
trabalho sob o Meus olhos, como achas que Eu o faria, se a
ele lançasse as Minhas mãos.
Santificarás o teu dia se deixares que durante ele
Eu escolha por ti aquilo que for mais do Meu agrado, sem te
pores a examinar se te agrada ou não.
Agrada-Me dar-te isso, entre muitas coisas
possíveis. Agreda-Me dar-te isso a gozar ou a sofrer. Deve
bastar-te o que Eu escolho, e aceitá-lo-as das minhas mãos,
como Eu aceitava das mãos da Minha Mãe o alimento, e das
mãos de José o trabalho que Me distribuía.
Se pensasses que durante o dia estou junto de ti e
te olho, não farias essa cara franzida ao receberes o que
não te agrada.
Sou Eu que escolho o trabalho que te dou, uns dias
mais, outros menos, uns dias mais fáceis, outros mais
difíceis.
Sou Eu quem escolhe as pessoas com que te cruzas,
que põe no teu caminho aquelas pessoas de que precisas ou
que precisam de ti.
Sou Eu também que permito que tal ou tal pessoa te
aborreça com o seu feitio diferente do teu.
Sou Eu
ainda que permito que algumas se aborreçam de ti ou te façam
sofrer com invejas, intrigas ou calúnias. Teria que passar
por tudo isso para seres Meus discípulos, para seguires as
Minhas pisadas, por passares pelo que Eu passei.
Escolhi para ti as situações e as pessoas. Repara que as
situações poderiam ser ainda mais difíceis, e que as pessoas
que te fazem isso poderiam ainda ser piores. Poderiam, mas
não são, porque foi assim que Eu escolhi e permiti,
propositadamente, para ti, para te dar meios de Me seguires
melhor, mais de perto, para Me provares o teu amor com mais
verdade.
Repara! Quando permito que se afastem de ti, te abandonem,
te deixem só, estou a chamar-te para mais perto de Mim. Tu
vens? Ou preferes ficar a remoer a solidão, a reclamar dos
esquecimentos e falta de delicadeza do teu próximo?
Vê,
nada de disso aconteceria se Eu não permitisse.
Poderia dar-te uma roda de amigos simpáticos e alegres,
delicados e acolhedores. Deixar-te-ia então dissipar no meio
deles, distrair de Mim, talvez esquecer-Me. Deixar-te-ia em
vida facilitada, mesmo que os teus amigos não te levassem ao
pecado.
Escuta
ainda! As amizades puras são boas. As amizades dão as
pessoas o alívio das tensões, o convívio saudável, que até
dá um certo crescimento intelectual e espiritual.
Mas
repara que no teu corpo não ficas sempre criança, nem
sempres ficas jovem, mais vais passando por modificações e
vais amadurecendo.
Na tua
vida espiritual acontece o mesmo. Até as melhores amizades
prendem e dissipam o coração. Por isso em determinada altura
do teu desenvolvimento espiritual é necessário que te
desapegue delas, na medida em que, na Minha Sabedoria
Eterna, resolvi que estabelecesse ligação mais íntima
comigo.
Assim,
vê como uma graça todo o desapego que Eu faço nesse sentido.
Se não te dou amigos, se te privo de tal companhia, de tal
passeio, de tal convívio, é por que te estou a chamar a
Minha companhia, ao Meu convívio, a uma união Comigo, em
maior profundidade.
A hora
que gastarias a rir, a conversar, essa hora de que depois
terias apenas uma lembrança de distração, mais em que o teu
pensamento não estaria em Mim, Eu escolhi que a passasses
comigo, porque quero, nessa hora, comunicar-te o Meu Amor,
cobrir-te com a Minha ternura e com a Minha Misericórdia. Vê
as situações por que te faço passar. Algumas são difíceis,
outras até dolorosas. São participação da Minha própria
vida, são o acompanhar-Me e viver comigo o dia-a-dia.
Sabes
como era o Meu dia-a-dia? Parecer-se-à alguma coisa com o
teu?
No Meu
dia rezava, trabalhava, alimentava-Me e descansava. São tudo
coisas que tu fazes, mas fazê-las como as deves fazer?
Fazê-las comigo, com perfeição, ou pelo menos como desejo
disso? Dás a duração que deves a cada uma dessas coisas?
Não
estará a tua oração diminuída? Não será menor que a Minha?
Não
será o meu trabalho mal feito, com o tempo a menos que o
devido, com atrasos, ou com menos perfeição que a que deve?
Não
serão as tuas refeições imortificadas e o teu descanso
demasiado, despropositado do tomado em circunstâncias ou com
pessoas indevidas?
Eu também falava com os Meus conterrâneos quando
era preciso, segundo as normas da educação desses tempos.
Podes acompanhar-Me nas Minhas conversas com as
tuas próprias conversas? Ou usá-las para dizeres o que não
deves, para desabafos sobre o próximo, para mundanidades
inúteis?
Presta atenção ao que dizes, as palavras que saem
da tua boca, porque sempre que falas deves fazer bem ao teu
próximo, de alguma maneira.
Deve haver sempre uma palavra boa na tua boca, uma
palavra de paz, de concórdia, de amor, de alegria, uma
palavra que, de algum modo, disponha bem quem te escuta.
Torna suave o timbre da tua voz, para te
aproximares da Minha própria voz. A voz suave atrai convite;
a boa palavra abre as almas e dulcifica os ânimos.
É necessário que Me acompanhes na Minha vida
diária, para que a tua vida seja um reflexo da Minha,
primeiro em Nazaré e depois pelas diversas cidades e aldeias
da Galiléia, Judéia e Samaria.
Vem comigo, assiste as Minhas pregações e Eu te
ensinarei o que a fazer para seres feliz.
Estuda tudo o que Eu disse e encontrarás o segredo
da Vida Eterna, se o puseres em prática.
Senta-te a Meus pés, vem aprender, dia-a-dia, com
as Minhas palavras e leva-as para a tua vida.
Cada dia estuda um palavra Minha nos evangelhos:
estuda-a, ouvindo-a dos Meus lábios e toma a resolução de a
praticar nesse dia.
Nada há que possa fugir ao Meu ensino. Tudo aquilo
que desejares ou praticares contrário ao que Eu digo nos
Evangelhos, é errado. Não tentes disfarçá-lo, alegando
motivos, porque o que é errado é sempre errado, em todo
tempo e em todo o lugar.
Vem, percorre a Minha vida com fidelidade, com
atenção, com amor, diariamente, porque quero conduzir-te a
todos os lugares por onde passei, para que possas estar
comigo e aproveitar dos Meus ensinamentos em todas as
circunstâncias da tua vida, para saberes sempre o que
pensar, como responder, como agir, seja o que for que se
venha a passar contigo.
Assim estarás comigo e firme em Mim perante as
doenças, tuas ou dos teus familiares, pois ver-Me-ás perante
os doentes, e aprenderás a pedir a cura com humildade, a
confiança e a perseverança que Eu gosto.
Aprenderás também a aceitar a Minha vontade, quando
pareço que não te ouço, que não realizo os teus pedidos, que
passo de largo e te deixo só.
Ficarás nessa aparência de solidão, como Minha Mãe,
e aceitarás como Ela aceitou. Também como Ela, virás sempre
ter comigo, mesmo quando tiveres dificuldade em Me
encontrar.
Estando comigo, aceitarás tudo o que te dou, tudo o
que escolho para ti, como aqueles discípulos que comigo
conviviam.
Aceitarás aquelas dificuldades no teu trabalho,
aqueles serviços que é preciso fazer e te desagradam,
aquelas pessoas de mau feitio com quem tens que lidar, como
os Meus Discípulos aceitavam.
Como eles também aceitarás sem reclamar o que
tiveres para comer. Mesmo que não seja do teu agrado, o doce
e amargo, o salgado e o ensonso, desde que tal não te seja
proibido por motivos de saúde.
Ainda com eles, aceitarás as alturas de muito
trabalho, em que o descasno tem um lugar menor, as
dificuldades resultantes do tempo que faz, do calor, do
frio, da tempestade.
Na companhia dos Meus Discípulos, viverás comigo,
embora não vendo, mas procurando nessa amizade, nessa
convivência em que Eu os ensinava em privado e lhes dava as
explicações que Me pediam.
Fica comigo diariamente, porque quero conduzir-te
ao lugar onde aqueles que vivem de discórdias e ambições só
entram para Me fazerem sofrer, como os que assim o fizeram
nesse tempo.
Vem, alma minha amiga, que queres ser fiel, mesmo
que te sintas com misérias. Se te queres emendar, se não
vives para ti, se não teimas naquilo que és, que julgas ser,
naquilo que sabes ou julgas saber, se aceitas a humildade e
a obediência à Igreja, vem para junto de Mim, porque Eu
quero admitir todos os Meus filhos, numa expressão universal
ao lugar onde sofri por vós, e onde podereis esconder no
Meu, o vosso próprio sofrimento: ao Horto das Oliveiras,
onde Pedro, Tiago e João adormeceram, deixando o campo
aberto a todos aqueles que quiserem entrar e substituí-los
na oração, que deviam ter feito e não fizeram.
O
GRANDE CONVITE
Á
entrada do Horto deixei os Meus Discípulos. Apenas tomei
comigo Pedro, Tiago e João, aqueles três íntimos que
costumavam estar mais perto de Mim, em situações em que o
Meu Amor se manifestava de forma especial.
Mesmo estes três, deixo-os a pequena distância.
Vinde vós comigo, tu que estás agora aqui, tu que
lês estas palavras. Oh! Não penses que este Horto, para onde
Me dirijo, é lugar só para alguns, para privilegiados!
Aqui, junto de Mim é lugar para todos os que aqui
quiserem vir reparar e interceder por aqueles que são a
causa desta Minha Agonia de morte.
A maior parte dos Meus filhos não entende o Meu
Horto de dor; lêem esta passagem bíblica, mas não se fixam
nela, pois ela está velada como velado está o Meu rosto
pelas lágrimas, pela tristeza e pela dor... E, ainda, em
breve, pelo Suor de Sangue.
Meus filhos, vós não entendeis a necessidade que
tendes, que o mundo tem, desta oração reparadora, na noite
dolorosa de quinta-feira.
Vós não entendeis, porque não entendeis o Meu
coração, porque não vos fixais no Meu rosto, porque Minha
dor é para vós pequena coisa.
Apenas vedes as vossas dores, os vossos
aborrecimentos, os vossos trabalhos. Estais fixos em vós
mesmos e apenas sabeis pedir, pedir e pedir.
Dirijo-Me agora a vós. Sou Eu agora a pedir, a
pedir o vosso tempo, a vossa disponibilidade, a vossa
oração, tudo aquilo que tendes e que guardais tão
ciosamente.
Que guardais nos vossos corações Meus filhos?
Guardais o vosso tempo. Esse tempo vos peço.
Peço-vos que venhais comigo sem contar o tempo, que Me deis
esse tempo, que disponhais dele para estar comigo, para Me
acompanhardes nestas horas dolorosas.
Todo o tempo é Meu, sou Eu que vo-lo dou, enquanto
vos mantenho vivos. Esse tempo que vos dou, tendes a
obrigação delicada de Me devolver, nas horas que sabeis Me
serem gratas.
O vosso tempo vos peço neste dia. Estas horas que
reservais para vosso contentamento, quereis dá-las, ficando
junto a Mim, para Meu contentamento?
Vinde então comigo, acompanhai-Me e penetrai neste
Horto, que apenas é iluminado pela luz do luar. Tudo aqui é
escuridão, e o luar põe manchas pálidas nas rochas, nas
árvores e no Meu rosto.
Quereis ficar aqui Comigo?
Não
será um tempo fácil, mas Eu nunca prometi facilidade para
ninguém. Vejo que hesitais. Que tendes no vosso coração?
Tendes as vossas preocupações, os vossos desgostos, os
vossos trabalhos.
Nenhum outro lugar melhor podereis encontrar para
esconder as vossas dores e os vossos trabalhos, que o Meu
Horto de dor.
É aqui o lugar onde se sofre, onde se aceita e se
oferece. É aqui também o lugar onde poderei aprender, melhor
que em nenhum outro, a maneira de sofrer. Olhando para mim,
vereis como se sofre com Amor. Vereis como os vossos
sofrimentos são pequenos em comparação com os Meus. Será no
Meu Sofrimento que escondereis os vossos sofrimentos
pessoais.
Que mais tendes no vosso coração, filhinhos?
Tendes os vossos amigos, os vossos familiares, as
alegrias ou tristezas dessas amizades. Também Eu tinha
amigos. E agora pergunto: onde estão? Sois vós do grupo dos
Meus amigos? Se sois, então o vosso lugar é junto deste
vosso Amigo.
Sim, Eu tinha amigos, mas agora estou sem eles. Os
poucos que trouxe para perto adormeceram, e vós hesitais em
ficar.
Bem sei aqui não é divertido. Eu também não estou a
divertir-Me. Não vim aqui para divertir-Me, mas para sofrer.
Quereis sofrer comigo a falta de companhia, os
desenganos de amigos, os abandonos, a solidão?
Sou o vosso Companheiro. Também Eu estou só, também
Eu sofri traições e abandonos, também a Mim os amigos
desenganaram, tu próprio Me desenganaste e desenganas todos
os dias com o que fazes, com o que dizia, com o que pensas e
com o que omites, depois de tudo o que Me prometes na
oração... quando a fazes.
Trocaram-te por outras pessoas? Também a Mim o
fizeram. Também tu a Mim o fazes com freqüência.
Preferias estar noutro lado, com amizades que te
distraem, que dizem coisas agradáveis, talvez em formas de
oração mais alegre? Também Eu quando fui para o Horto, teria
preferido ir para outro lugar, onde encontraria amigos,
talvez a casa de Lázaro, ou ir rezar para aqueles lugares
onde a oração tinha sido o doce bálsamo das Minhas canseiras
apostólicas.
Mas não devia ser assim nesta noite. Esta noite a
orações é feita no Horto. É a noite da oração dolorosa e Eu
não fugi dela. Se sois Meus amigos, acompanha-Me-eis e
também não haveis de fugir.
Que mais trazeis no coração? Acaso pecados? Aqui é
o lugar bom para Me pedirdes perdão por eles, porque neste
lugar nada recuso de Misericórdia a quem Me pede, a quem Me
acompanha.
Aqui no Horto a Minha Misericórdia corre em rio
caudaloso e cobre todos os filhos que se querem aproximar.
Aqui a santidade é para vós e o pecado é para Mim,
porque Eu assumo o vosso pecado.
Não é fácil para Mim assumir os teus pecados do
mundo, em todas as épocas. Por isso te peço companhia. Por
isso te peço companhia a todos vós, nestas horas dolorosas.
Não penses vir aqui para gozar consolações, porque
o Horto não é lugar de consolação. Não o foi para Mim e não
o será para vós.
O Horto é um lugar de solidão, de Amor e de
sofrimento. Ainda que o sangue rebentasse pelos capilares do
seu corpo, como aconteceu comigo, não deverias recitar-te a
vir.
Vem, mesmo que te sintas só, mesmo que não saibas o
que fazer pra consolar a Minha tristeza, mesmo que tenhas
sono, mesmo que sofras ou chores.
Fica comigo aqui, e aprenderás comigo como é que se
sofre. Fica comigo e aprenderás a amar, porque encerra uma
larga escala de aprendizagem do sofrimento, primeiro do Meu
Sofrimento e depois do teu, que mergulhado no Meu, adquirirá
outro valor, outra projeção e outra forma de se manifestar
em amor.
Amar é fácil. Só sabe amar bem quem sabe sofrer
bem, e só sabe sofrer bem, quem aprende comigo a sofrer.
Fica comigo, para que a tua carne fraca seja
fortalecida pelo Meu contato, e não venhas cair em
tentações.
Fica comigo, vem aprender a estar comigo, vem
aprender a amar.
NO HORTO
Nesta noite de quinta-feira, é no Horto que marco
encontro convosco, contigo, e contigo também. Esta é uma
noite que podereis tornar de muito amor, se estiverdes
dispostos a abdicar das vossas comodidades, para ficar
comigo.
Quantas vezes, estas mesmas comodidades estão para
vós em primeiro lugar! Pergunto-vos como podeis ficar
sossegados em casa, ir tranquilamente para distrações, nesta
noite, justamente nesta noite em que preciso de vós, da
vossa companhia, da vossa oração, porque é a noite em que
muito mal se faz pelo mundo.
As noites dessa quinta-feira, sexta-feira e sábado
são as noites da prática de maiores pecados, mas a de
quinta-feira é a que recorda a minha noite de Amor e, por
isso, é a noite escolhida pelo meu inimigo, para mais Me
ultrajar.
Que sabeis disso? Nada, vós nada sabeis, porque,
para saberdes alguma coisa, era preciso terdes tomado parte
nessas cerimônias de sacrilégio.
Não sabeis e não queiras saber senão que nas noites
de quinta-feira o mal está mais ativo e procura ultrajar-me
diretamente, ainda mais que nos outros dias e nas outras
noites.
À quinta-feira, enquanto dormes, sou cruelmente
ofendido em cerimônias feitas expressamente com esse fim e
com o fim de procurar elevar o próprio mal e cultuá-lo.
É por isso que vos peço que, nesta noite, entreis
comigo no Horto e Me façais companhia, que procureis com o
vosso amor reparar os ultrajes efetuados em lugares que
talvez sejam perto do lugar onde estais.
Não vos admireis que vos peça companhia no Horto e,
como tal, vos faça recuar no tempo, Meus filhos, Eu sou o
Senhor do tempo. Para Mim não há tempo. O tempo só existe
para vós.
É verdade que ressuscitei e estou no Céu, mas isso
não quer dizer que vivais em contínua alegria enquanto o
pecado se expande, enquanto as forças do mal estão ativas,
muito mais ativas do que aqueles que dizem amar-Me.
Se ressuscitei é porque morri. E morri no meio de
dores que não podeis sequer imaginar. Não teria ressuscitado
se não tivesse morrido, e então não teríeis agora uma
Ressurreição para vos alegrar.
Passei pela morte, mas antes passei pelo Horto,
onde vi tudo o que iria sofrer e a forma como, através dos
séculos seria correspondido. Por isso é no Horto que espero
a vossa companhia e a vossa reparação.
O Horto é um lugar onde não disse muitas coisas,
porque não tinha companhia a quem dizer, porque o sofrimento
Me fazia repetir sempre as mesmas palavras, e porque aqui é
um lugar de oração intensa, e a oração quanto mais intensa,
mais silenciosa se torna.
Não vos iludais, meus filhos, com orações muito
bonitas, e não penseis que não sabeis rezar, porque não sois
capazes de ter belas palavras para os vossos irmãos ouvirem.
Reparai! A oração é para mim e não para os vossos irmãos, e
Eu não preciso de ouvir os vossos corações.
Embora vos seja útil a oração em voz alta, para
unir mais os irmãos entre si e para levantar o ânimo e
orientar a oração de alguns, tudo isso tem seu tempo
próprio.
Quando vos chamo ao Horto, para junto de Mim, quero
apenas o vosso coração, sem dispersões exteriores. Não
importa a ninguém se sabeis rezar bem ou não. Importa que
estejais comigo, que o vosso coração fale comigo, que Me
olheis só a Mim.
Nesses momentos também estou convosco, e o Meu
Coração comunica-se ao vosso coração sem palavras.
Por vezes sentireis fervor nessas horas. Aproveitai
então o calor sensível que vos dou. Outras vezes, sentireis
aborrecimento, secura espiritual e custar-vos-á muito estar
ali comigo.
Será então que estareis comigo mais plenamente,
porque o Horto não foi para Mim lugar de prazer, mas de
tristeza e de fastio espiritual, a ponto de pedir que
passasse de Mim aquele cálice.
Quando tal acontecer, dizei as Minhas palavras as
vezes que quiserdes, e permanecei ali comigo, embora vos
pareça que não estais a fazer nada de útil. Pelo contrário,
estas horas comigo são úteis.
São horas de companhia, que não deixarei de vos
agradecer. Esse agradecimento traduzir-se-á em graças de
grande utilidade para vós e para os vossos irmãos que delas
necessitam.
Meus filhos, acreditai que, nessas horas de
silêncio comigo, fareis mais pelo mundo do que faríeis se
vos ocupásseis em pregações. Os vossos frutos serão mais
copiosos do que seriam se vos ocupásseis em trabalhos
importantes para a Igreja, ou em penitências a vosso gosto.
Se em alguma destas noites estiverdes muito
cansado, tão cansado que não vos apeteça vir ter comigo ao
Horto, vede, meus filhos, Eu não vos forço, apenas vos digo
que, se quereis ir descansar com os Meus discípulos, que
adormeceram porque estavam cansados e tinham muito sono,
também olharei para vós com tristeza e perguntarei ao vosso
coração: “Não pudestes vigiar comigo ao menos uma
hora?”
Só não sentireis esta Minha pergunta, se o vosso
coração estiver completamente dissipado e longe de Mim.
Prestai atenção ao que então disse sobre a
oração. Sim, é para vós muito importante vigiar e orar, não
só quando vos sentis com disposição, mas principalmente
quando estais sem disposição, porque então estais em maior
perigo de sucumbir às tentações, como aconteceu com os Meus
discípulos.
Embora o descanso vos seja necessário, não é ele
exatamente que vos faz fortes.
O que vos faz fortes é a oração, é a
proximidade que possais ter comigo.
Se não vos entregardes ao vosso cansaço, mas vos
entregardes a Mim, Eu serei o vosso repouso.
Não tenhais receio, que Eu não vos deixarei cair em
cansaço, não tenhais receio, que não morrereis por estar
junto de Mim, mas se morrêsseis, ficaríeis comigo.
Não tenhais receio de, por estar comigo, não ter
força para o vosso trabalho, por terdes menos horas de sono
porque Eu não sou ingrato para os que me amam e se
sacrificam por Mim.
Não tenhais também receio de atrasar aquele
trabalho que queríeis fazer neste serão, porque o trabalho
que fazei no Horto, junto de Mim, é mais importante que
qualquer outro trabalho.
Os vossos trabalhos podereis fazê-los noutras horas
com a bênção que levais daqui, e que vos fará mais
diligentes no que tendes para fazer.
Meus filhos, este Meu convite é uma honra para vós,
como a honra que tiveram os Meus Discípulos, com as quais
vós tanto gostaríeis de ter andado.
Convido-vos, como os convidei a eles. Vede se
correspondeis melhor do que eles corresponderam.
Eles poderiam ter compartilhado muito comigo nessas
horas em que adormeceram. Foi por terem adormecido que pouco
puderam dizer a respeito das horas que passei no Horto.
Essa companhia será agora vossa. Essa partilha
ficou reservada para vós.
JUNTO DE MIM
Ficai
aqui no Horto, junto de Mim, aqui onde os Meus Discípulos,
que eram os novos Sacerdotes, falharam. Por isso, esta
noite, deveis reservá-la para rezar pelos Sacerdotes, de
modo especial.
Não penseis, meus filhos, que a unção
sacerdotal os dotou de forças maiores que as vossas para
resistir as tentações. Continuam a ser pessoas, fracas como
todos vós, com a agravante de, pelo alto cargo
que lhes confiei, se levantarem contra eles redobrada fúria,
as hostes inimigas.
Não
tenhais dúvidas de que eles são mais tentados que vós em
todos os aspectos e não só em alguns. Não penseis que
os problemas deles se resolveriam se mudassem as leis da
Igreja seu respeito, porque é grande o leque dos problemas
que os atingem.
Não vos convençais só com aquilo que vos parece
mais visível. Essa é uma faceta para a qual, ultimamente, se
têm virando as luzes do mundo.
Não é acabando com o celibato dos Padres que
eles se tornariam melhores, mais santos, mais cumpridores.
A vida de sacerdotes não estaria resolvida para
eles, nem sequer no aspecto da castidade, que é a que vos
parece ter maior importância.
É realmente de uma grande importância, mas se a
castidade não está resolvida nem adquirida pelos leigos pelo
casamento, como o estaria para os sacerdotes com a
possibilidade de casar? Para eles as tentações continuariam
nesse aspecto, como continuam para todos os homens, casados
e solteiros.
E mesmo que o casamento para alguns fosse solução,
outras tentações, noutros campos, continuariam a
levantar-se, com igual ou maior violência.
Sabeis
meus filhos, que os sacerdotes são mais tentados que vós,
por isso, deveis rezar por eles. É dever de caridade de
irmão e dever de filhos, para com aqueles que vos
representam junto de mim.
Por isso, meus filhos, rezai por eles na minha
companhia, nesta noite, nesta noite de amor e dor.
Rezai por aqueles que se transviam neste caminho em
que aceitaram servir-Me, este caminho onde um dia entraram
com amor e alegria, e hoje põem em dúvida perante as
dificuldades que encontram.
Pedi por aqueles sacerdotes que não rezam, não
imploram graça e luz para as suas dúvidas e tentações, que
não pedem perdão pelos seus pecados e que não rezam por
aqueles de quem têm responsabilidade.
Pedi pelos sacerdotes que se entregam
exclusivamente às obras, que vivem no desejo do êxito, que
se deixam embalar pelos louvores e descuidam da sua vida
espiritual.
Pedi pelos sacerdotes que se envaidecem do seu
saber, que estudam para mostrar cada vez mais sabedoria ao
mundo, mas cujo saber está eivado de doutrinas falsas, que
põem em dúvida a Minha própria palavra nas Sagradas
escrituras, e assim geram a descrença nos filhos que lhes
confiei.
Pedi pelos sacerdotes mundanizados, que apreciam as
festas, as comodidades, os luxos que o dinheiro dá e por
isso, se aproximam apenas das pessoas mais ricas e desprezam
os pobres.
Pedi pelos sacerdotes que desprezam o trabalho
humilde do confessionário e o atendimento daqueles que os
procuram na necessidade de um conselho, que afastam as almas
aflitas com palavras de aborrecimento e pressa, que afastam
as pessoas da confissão, da qual eles próprios se afastam
também.
Pedi pelos sacerdotes que se deixam dominar pelos
sentidos e pelas paixões, pelos que se deixam seduzir com
palavras de mel, com o Meu nome e o de Minha Mãe nos lábios,
enganando incautos, tristes, desanimados e ingênuos,
levando-os para o seu próprio pecado oculto.
Pedi pelos sacerdotes que recusam a Minha Cruz e
atiram com ela para os ombros dos irmãos, com manifestações
de mau gênio ou de preguiça.
Pedi pelos sacerdotes que tem cargos de chefia, de
destaque, os que são dirigentes de grupos, pelos que estão
no ensino e pelos que tem o encargo de responder perante os
meios de comunicação, por todos os que são superiores de
casas religiosas, pelos que estão ligados a grandes
obrigações pastorais.
Pedi pelos sacerdotes encarregados de pregar, para
que lhes seja dada a luz e a pureza necessária aos bons
frutos de sua missão.
Pedi por aqueles sacerdotes que, debruçados a uma
secretaria, se vêem rodeados de papéis para analisar, de
assuntos para resolver.
Pedi por aqueles sacerdotes que chegaram ao fim do
dia e não tiveram uma hora para estar comigo.
Pedi pelos sacerdotes que trabalham nos hospitais
para que saibam transmitir a paz e a esperança aos doentes e
preparem os que vão morrer, transmitindo-lhes o Meu Amor.
Pedi pelos sacerdotes que andam de paróquia em
paróquia, assoberbados de trabalho, e pelos que estão
doentes ou são idosos.
Pedi pelos sacerdotes que são vítimas de intrigas e
calúnias, pelos que são falsamente Acusados, para que
recebam forças para a sua cruz.
Pedi por aqueles sacerdotes que estão continuamente
rodeados de pessoas que se convencem de que eles são santos
e os rodeiam de muitos perigos, além de os fazerem perder
tempo.
Pedi pelos sacerdotes que estão tentados e em
trevas, que não vêem o caminho, que não sabem mais que fazer
de sua vida, para que a luz de que necessitam lhes seja
dada.
Pedi pelos sacerdotes que estão tentados e em
trevas, que não vêem o caminho, que não sabem mais o que
fazer de sua vida, para que a luz de que necessitam lhes
seja dada.
Pedi pelos sacerdotes que não tem já a verdadeira
fé, que se deixaram dominar por idéias falsa e já não
acreditem nos sacramentos, não crêem na Minha presença
Eucarística, admitem as faltas de respeito e os abusos.
Pedi pelos sacerdotes que já não obedecem ao Santo
Padre e se afastaram da Minha Igreja.
Pedi pelos sacerdotes que estão arrependidos de ter
seguido o caminho do sacerdócio e pelos que estão tentados a
deixá-lo.
Pedi pelos sacerdotes que cederam à tentação e Me
abandonaram e erram agora pelos caminhos do mundo. Rezai
pelos que estão arrependidos do passo que deram, mas não
vêem possibilidades de mudar de vida, pelas
responsabilidades que assumiram, mas rezai ainda mais pelos
que não se arrependeram e fazem gala de sua traição.
Pedi pelos sacerdotes que resistem, que rezam e
trabalham, pelos que cumprem o seu mundo, para que
perseverem nessa atitude e avancem cada vez mais no caminho
da santidade.
Rezai pelos sacerdotes que se afadigam e sofrem
muitas necessidades e perigos nas Missões, para que sejam
fortalecidos cada vez mais.
Rezai pelos sacerdotes falecidos, pois também eles
tem muita necessidade da vossa oração e tendes para com eles
também esse dever de caridade.
Este é o grande trabalho das vossas quintas-feiras,
é a tarefa importante que vos confio.
Rezai pelos sacerdotes esta noite, sim rezai muito
por eles, e, apesar de poderdes pedir por outras pessoas,
rezai principalmente por eles, nas diversas situações de
responsabilidade e de perigo em que se encontram.
Pedi pelos sacerdotes, aqui junto de Mim, por isso
é muito importante para eles, e eu agradecer-vos-ei o que
por eles vos esforçardes.
Mas chegai-vos para bem perto de Mim, porque além
daquilo que espero de vós a respeito dos sacerdotes, há
outros assuntos que, do Meu Horto de dor, vejo no vosso
mundo, no mundo em que viveis agora. Isso quero também
dizê-lo, em confidência aos vossos corações.
Tereis coragem de ficar e de ouvir até ao fim os
motivos que Me levam a dizer: “A Minha Alma está numa
tristeza de morte”...
DO MEU CORAÇÃO PARA O TEU
Alma amada, que te aproximas de Mim, que vigias
comigo horas tão dolorosas, chega-te bem para mim, porque o
Meu Coração quer desabafar contigo, em confidências, como só
fazem os amigos muito íntimos, com a diferença de que,
normalmente as confidências íntimas costumam estar sujeitas
a segredo, e estas Minhas confidências deverás proclamá-las
até no alto dos telhados, para que todas as pessoas saibam
quais foram as coisas que agora fazeis, mas que Eu senti
então.
E como para Mim não há tempo, o Meu Horto de
dor prolonga-se até ao momento em que se pratica tudo aquilo
que nesse momento vi.
Alma que estás junto de Mim, filha amada, penetra
comigo nesta hora tão santa de dor e de graça, naquelas
coisas que Me saturaram o coração de uma amargura
antecipada.
Vê como Eu, comigo, o espetáculo de dor e sangue
que se vai iniciar dentro de poucas horas. Recapitula o que
sabes da Minha Paixão e convence-te de que não sabes tudo.
Vê o difícil caminho que vou percorrer dentro em
breve, de noite, sobre pedras nuas, de mãos amarradas, tendo
de caminhar conforme os puxões que me darão, os tropeções,
as quedas, o Corpo magoado, a humilhação de levantar
difícil, sem o apoio das mãos...
Entristece-Me ver o que me espera no caminho, desde
o Horto à casa de Anás....
Contempla-o comigo...
............(Faz uma
pausa... E medita...) ............
Vê agora comigo o Meu julgamento, as testemunhas
falsa... as bofetadas... os socos... os escarros...
............(Faz uma
pausa... E medita...) ............
Vê a noite passada entre soldados que se divertiam
com a dor dos condenados e que se sentiam com todos os
direitos de fazes sofrer. Imagina por um instante o que Me
fazem, na sua grosseria e na educação própria de pagãos
desse tempo...
............(Faz uma
pausa... E medita...) ............
Vê as humilhações do dia seguinte, pelas ruas onde
tinha passado dias antes, semeando milagres, bênçãos,
ensino...
............(Faz uma
pausa... E medita...) ............
Vê a terrível Flagelação, com sangue saltando por
todos os lados... E a não menos terrível coroação de
espinhos, de dor tão forte, que quase cega os Meus olhos
para o espetáculo de escárnio que se seguiu aqui.Contempla o
caminho do Calvário, na medida daquilo que te é possível
contemplar ... Ficarias muito tempo nesta contemplação
dolorosa, qual Via Sacra, que farias neste momento coMigo.
Para
aqui, se quiseres. Podes fazê-la, se o teu coração te pedir,
mas, se tens pouco tempo, avança mais vem ver a Minha
crucifixão.
A
crucifixão era a forma mais requintada de fazer sofrer. Foi
coisa terrível pensar nela, vê-la neste momento, em toda a
sua crueza de dor sem limites. Este pensamento era de forma
a fazer fugir dali para muito longe, para fora do alcance
daqueles que a ela Me conduziriam, qualquer um que amasse
menos do que Eu, qualquer um menos forte.
Toda
esta dor Me fazia tremer, Me fazia curvar, mas não foi ainda
isto que Me fez dizer: "A Minha Alma está triste até a
morte”. Esta frase traduzia realmente o que se
passava em Mim, a tristeza em que o Meu Coração estava
mergulhado, mas repara que tristeza não quer dizer medo nem
temor.
Tristeza é dor de desilusão, de perda de alguma coisa. E Eu
estava realmente triste pela perda de um discípulo, que Eu
amava, e, Nessa mesma perda, vi a perda de muitos outros,
pelos séculos a fora.
A
traição de Judas fez-Me mergulhar em tristeza e foi o
anúncio o começo de todas as traições daqueles que se dizem
Meus amigos, mas não são, porque vendem e Minha amizade
aqueles que lhes dão em troca algum prazer, alguma honra,
alguma vaidade, algum dinheiro, ou quando os livram de algum
trabalho ou de algum incômodo indesejado.
É a
traição do amigo e dos amigos futuros qual Me faz dizer:"A
Minha Alma está triste até a morte". Porque Eu
sentia na Minha Alma a tristeza da morte eterna em que
tantos se lançariam por sua própria opção.
Todos
os filhos fazem peso nesta tristeza, todos os filhos que Me
traem, que Me rejeitam, que Me trocaram por coisas, por
pessoas, por honras, mas o peso maior é aquele que vem
quando tais abandonos e traições vêem da parte dos Meus
sacerdotes. Por isso, reza por eles ainda mais, nesta noite
em que tanto sofri.
É a
perda dos filhos que Me entristece e dá lugar a que visão do
sofrimento que Me Espera Me abata e Me faça dizer:
"Pai, se é possível, afasta de Mim este cálice".
Eu
tinha desejado o cálice! Oh, se tinha desejado! Desejava a
hora do batismo de Sangue, a hora em que mostraria o Meu
Amor, pelo cumprimento da Vontade do Pai, pela Redenção e
Salvação dos filhos, a hora de reparar o Amor infinito de
Deus, ultrajado de tantas maneiras. Desejava a hora, como
forte guerreiro desejava começar o combate com inimigo que
ele sabe é mais fraco, como guerreiro que sabe que receberá
algumas feridas, mas acabará por vencer.
Era
assim que Eu desejava a hora, porque essa hora de dor e de
morte seria a hora do Meu triunfo, porque seria a hora do
triunfo do Amor. Ao entrar no Horto Eu disse: "A Minha
Alma está triste até a morte", porque, agora que a
hora se aproximava, o desejo do guerreiro forte de entrar na
luta, era ensombrado pelo desgosto da traição e perda do
amigo, e pelo vislumbrar da perda de tantos outros.
Com
tristeza instala-se a fraqueza no coração do homem, e o
desejo de heroísmo toma-se menor, até desaparecer o receio
da dor, agora visível na sua totalidade, como se os
episódios desta noite e de amanhã se passassem neste
momento. O abatimento foi tão grande, que fui procurar
amparo no Amor dos amigos e encontrei-os a dormir!.
Alma
que dizes amar-me tu também estás a dormir neste momento, ou
acompanha-Me com o teu amor vigilante? O que recomendei aos
Meus discípulos, recomendo agora a ti: "Vigia e ora,
para que não entres em tentação." Sim, vigia e ora
mais intensamente agora. Não deixes que o sono te roube
estes momentos. Eu sei que Me amas, mas a tua carne é fraca
e sucumbes com facilidade.
Vigia
e ora; faz-Me companhia, porque a ora aproxima-se, o
sofrimento vai aumentar e podem aumentar as tuas
dificuldades em estar aqui.
Podem vir os teus pensamentos ocupar-te,
ponderar, vir a lembrança dos teus trabalhos, dos teus
problemas, dos aborrecimentos do teu dia, das perseguições
que talvez te tenham feito, das más palavras que te tenham
dito ... Virão talvez as preocupações, afadiga, as dores
de cabeça ou em qualquer outra parte do teu corpo, virá a
secura espiritual, o fastio, a sensação de não estar aqui e
fazer nada ... Tudo isso poderá vir atentar afastar-te
daqui.
Se tal
sentes, ora mais, ora coMigo, e não arredes o pé. Mesmo
desfeito em dor, como eu, fica aqui e diz coMigo:
"Faça-se a Tua Vontade e não a Minha".
Vê
que, se te deixas dominar e não rezas, se abandonas, vais
enfraquecer, vais dar campo livre às tentações e podem até
aumentar as tuas dificuldades em me permanecer fiel, perante
as tentações, e a confusão das idéias no teu mundo.
Vê, Eu
podia ter fugido, porque Betânia não era longe. Podia ir até
lá arranjar provisões e fugir para os montes. Não o fiz. Não
o faças tu também, mas quando o sofrimento, o cansaço, a
secura aumentarem, faz como Eu, e aumenta a oração, pois nos
momentos dolorosos só a oração te pode valer como a Mim, só
ela neste momento Me valeu.
Se não
rezares, meu filho, fugirás, fugirás daqui, fugirás de Mim,
fugirás do Meu caminho, da Minha Luz, da Minha graça, do Meu
Amor. Só a oração te segura junto de Mim. Procura nela a
força e a luz. Para ti, como para Mim, descerá o conforto,
que te dará firmeza de continuar coMigo.
SEGREDOS
Continua coMigo, alma, porque Eu agora quero revelar-te
outros segredos de Amor e de dor, segredos que acompanharás
tanto melhor quanto maior for o teu amor e com quanta maior
dor Me acompanhares. Se ficares aqui coMigo, compartilharás
da Minha dor, porque a alma que Me acompanha no Horto tem
aqui direitos e deveres a respeito da Minha dor sagrada.
Tem
sobre esta dor, direitos e deveres que Nenhum dos que estão
lá fora que não querem, que receiam entrar ou que não são
chamados para cá, ousará disputar-lhe porque quem pisa o
Horto coMigo, torna-se possuidor daquilo que Eu sofro, de
modo a coMigo partilha-lo. É difícil aquilo que se vai
passar agora, pois os Meus olhos vêem o pecado que eu tenho
que pagar a Justiça divina, o pecado que Eu tenho que pagar
na totalidade dos seres humanos, assumindo-o, tomando-o
sobre Mim.
Esta
visão é terrível. O pecado é a coisa pior, mais feia, mais
repugnante, que se pode por diante de Mim. E pecado é aquilo
que vejo diante dos Meus olhos.
Não há
lugar algum na terra, para onde Me possa virar, que não
encontre coberto de pecado do presente, do passado e do
futuro. Como um mar de lama podre, o pecado avança para Mim,
fazendo-Me tremer e voltar a dizer as mesmas palavras:
"Pai, tudo Te é possível; afasta de Mim este cálice”.
E,
como criança amedrontada, ao ver a enormidade de pecado que
avança para Mim, chamo pelo Pai no meio da Minha angústia,
pelo meigo nome que Lhe chamava desde Menino, quando me
encontrava com Ele nos doces abraços da Minha oração:
"Abba!"
"Abba! Ó Pai!
Mas não se faça o que Eu quero, senão o que tu queres"! Como
criança Me submeto nos Seus braços, no meio de uma dor
infinita e também de uma confiança e uma submissão infinita,
Mas era preciso! Era preciso que Eu assumisse sobre Mim
todos os pecados dos filhos.
Apareceu-Me então um Anjo do Céu para confortar-Me.
O
conforto que esse Anjo Me trouxe, as palavras que Me disse,
o Evangelho não vos explica, deixando muito à vossa piedade
e imaginação. Não precisais realmente de saber muitos
pormenores a esse respeito, porque o Anjo confortou-Me como
Anjo, e vós tereis que o fazer como criaturas humanas.
Basta-vos que o Anjo veio, que Me confortou de forma a
deixar-Me com mais forças para o grande sofrimento que Eu
via aproximar-se.
No
confronto deste Anjo, deverá por os teus olhos, pedindo-lhe
que venha em teu auxílio, que te ensine a forma de também tu
Me confortares hoje, precisamente hoje, nesta quinta-feira
da tua vida, em que aceitaste estar aqui coMigo em todas as
quintas-feiras que vieres ao Meu Horto da Agonia.
Com o
auxílio deste Anjo e do teu próximo Anjo, a quem também
pedirás ajuda, procura desenvolver uma forma de conforto,
para Mim, a tua própria forma de consolo, forma própria de
criatura humana, pois nunca saberias confortar-Me como Anjo.
Vê aqui que também tu nas tuas íntimas agonias, será
confortado pelo teu anjo se como Eu rezares e aceitares com
humildade a Vontade do Pai. Então, como o cordeiro baixei a
cabeça ao primeiro golpe do pecado, que Me inundou, ficando
ali como alguém que mergulha num esgoto. Em Mim nada via
senão sujidade. Era o pecador.
Assumi, tomei sobre Mim todos os teus pecados, os que
cometeste e o que ainda cometerás ao longo da tua vida.
Todos eles, mesmo aqueles que te mais envergonhes, ali
estavam sobre Mim. Tomei sobre Mim, todos os crimes
cometidos ao longo dos séculos, via-Me diante do Pai como um
pecador um filho desobediente, traidor, coberto de toda a
imundície de que é capaz a vossa humanidade.
Todos os pecados de que tens conhecimento aqui estão, sobre
Mim, como se Eu os tivesse cometido.
Acompanha-Me agora na Minha vergonha, na dor profunda, da
infinita Pureza que se vê, de súbito, coberta das maiores
sujidades, da suma Inocência que se vê conspurcada, do
infinito Amor que se vê coberto com os ódios de todos os
tempos. Tens diante de ti Aquele que está, coberto com todos
os pecados do mundo, com todos os crimes, mesmo os mais
repugnantes.
Olha-me. Que vês? Um rosto aflito, sim, e tanto mais aflito,
quanto mais engrossa o pecado que vem sobre Mim, quanto
maior é o pecado que se apresenta, para eu assumir. Baixo a
cabeça ... Tremo. Quem pode acudir-Me aqui? Quem Me dirá uma
palavra de consolo, agora? Quem Me dirá uma palavra amiga? O
Anjo já se foi embora e os que se diziam Meus amigos, os que
se diziam capazes de morrer por Mim, estão a dormir.
E tu,
dormes, ou estás a vigiar coMigo? Será tu capaz de Me dizer
uma palavra de carinho, de afeto, uma palavra
verdadeiramente amiga, neste momento? Espero essa tua
palavra, porque se aproximam os grandes pecados, que tenho
assumir por ti e pelos teus irmãos, para que vós possais
salvar.
Vem as
grandes traições, traições entre as criaturas, traições para
tomadas de poder, traições contra os povos, traições a
promessas, traições a votos matrimoniais e a votos
religiosos. Assumo-os com muita mágoa, sim, passam a ser
Meus.
Vem as
mentiras e as calúnias, sobre Mim, que nunca menti. Vem as
palavras de falsidade, de intenção escondida, as palavras de
ódio, de raiva, as palavras impuras e as que escandalizam.
Todas elas cobrem os Meus lábios, como se Eu as tivesse
proferido.
Vem
sobre Mim os crimes de morte, morte de inocentes e morte de
culpados, os crimes que provocam mortes aos milhões nas
guerras fratricidas no teu mundo.
Vem
todas as injustiças acumuladas ao longo dos séculos e dos
milênios, todos os roubos de todas as maneiras possíveis,
desde os roubos materiais, aos roubos de reputação, de
melhoria de vida, de companhia familiar ou de amizade.
Vem
sobre Mim, todas as invejas e maus atos subseqüentes com que
sempre alguém sai prejudicado, através de palavras que lhe
são dirigidas ou obras que lhe prejudicam a vida.
Vem
também todos os abandonos aos mais fracos, os abandonos de
crianças, colocadas em situações degradantes, que, por esse
abandono, se tomam infelizes, carentes, marginais da
sociedade; abandono de idoso, morrer pelas ruas, ou em casas
onde, em conjunto, esperam pela morte, sem alegria, sem
convivência e sem amor, abandonos estes feitos por aqueles
que mais os deviam amar.
Assumo
aqui o pecado do pai que abandona o filho e do filho que
abandona os pais, entregando uns e outros ao sofrimento da
morte em vida.
Vem
ainda sobre Mim, os desesperos, com toda as suas formas de
descarga e com o culminar do suicídio, que toma a Deus o
direito de dispor da vida de cada ser que criou.
Mas,
vem também sobre Mim o crime de morte maior que os outros
que chegaram primeiro. Aparece agora o abominável crime do
aborto. Também ele, como manto de lama, vem cobrir o
inocente, que espia em nome de todos.
Vem
agora os pecados das grandes orgias, os pecados da gula, da
comida e da bebida, praticados em todas as sociedades, e
aqueles que viciam as pessoas os pecados dos alcoólicos e
daqueles que se entregam a qualquer vício de droga, assim
como os de todos os que por qualquer forma os aliciam e lhes
tomam possível a prática desse vício.
Chegam
agora os pecados que Me dão um nojo ainda maior que aquele
que já sinto, depois de aceitar tanta lama sobre Mim. São os
pecados da carne, com todas as suas formas e aberrações
possíveis, desde os pensamentos aos atos.
Sinto-Me em agonia total. Parece não Me ser humanamente
possível suportar mais. Mas ainda não é tudo, pois vejo
chegarem os pecados do orgulho das pessoas e dos povos.
É este
o pecado que eleva a outras espécies de pecados, que conduz
ao querer do melhor, a ganância, a avareza, a injustiça que
faz sofrer o irmão, em faltas de caridade sem conta. Toda a
falta de caridade que existe no mundo tem a raiz neste
orgulho) cujo o peso universal Me faz vergar de horror.
É o
pecado daqueles que não querem servir, que não querem servir
no seu dever, nem servir os seus irmãos. É o pecado que
impede o perdão e lança os meus filhos em lutas grandes e
pequenas.
É o
pecado que Me horroriza, pois é totalmente contra Deus, que
na sua eterna glória ocupa o lugar mais alto e, por isso,
não pode desejar subir, mais descer para todos os filhos.
Deus é
o primeiro em humildade, o primeiro a descer. Este pecado
que se Lhe opõe é o desregramento daqueles que não querem
trabalhar, não querem servir, não querem obedecer e, por
isso, se revoltam contra o seu Deus, contra os seus irmãos e
contra tudo o que lhes acontece que os contraria, tanto na
vida familiar e social, como na vida profissional, passando
pelos problemas de saúde, pelo tempo que faz e pelas
prescrições dos Meus Mandamentos e das leis da Minha Igreja.
Por
isso se revoltam e passam para o lado oposto, o lado das
trevas eternas, onde ninguém serve, mas onde todos sofrem,
porque todos se odeiam e odeiam o seu criador.
Curvado até o chão, não conseguirei suportar mais nada, sem
que essa aflição faço; rebentar do Meu Corpo o Sangue
Redentor. E com profundo horror que vejo chegar agora as
blasfêmias, os desvios de doutrinas, dentro da Minha Igreja,
todas as práticas de seitas de ocultismo, de bruxaria, de
satanismo.
Vêm os
sacrilégios em todas as formas, as faltas de amor a Deus, de
todas as maneiras pelas quais os homens a manifestam. Sim,
agora foi peso demasiado, foi aflição que Me atingiu tão
forte e profundamente, que fez os capilares do Meu Corpo
abrirem-se e derramarem Sangue em gotas semelhantes ao suor.
Este
Suor de Sangue, em pequenas gotas que se juntavam e corriam
em gotas maiores, cobria toda a pele do Meu Corpo. Assim
como vedes o rosto de um trabalhador todo banhado em suor,
aqui poderás ver o rosto deste Trabalhador banhado em
Sangue, que continua a brotar em minúsculas gotas.
Olha
para Mim, contempla o Meu rosto, molhado por este Suor. Não
são três ou quatro gotas a escorrer pelas Minhas faces, é um
pontilhado de gotinhas, que se juntam umas as outras e Me
molham todo o rosto, e contraído em aflições que não
consegues avaliar nem compreender corretamente, pois não
entendes o efeito que o pecado tem sobre a Pureza Infinita.
Contempla o Meu rosto aflito, amargurado, de quem não pode
fugir a um peso que esmaga, os Meus olhos esmaecidos,
procurando um rosto, um consolo que não aparece.
Procuro os Meus discípulos. Voltaram a dormir, e olham-Me
confusos, confusos por terem dormido, quando deviam vigiar e
orar, e porque não compreendem o motivo porque Eu Me
apresento em tal estado de abatimento e aflição, e o porque
do Meu rosto ensangüentado. Nada entendem porque não se
mantiveram presentes, como nada entendem aqueles que não
velam coMigo, aqueles que dormem e os que se distraem por
fora, quando é preciso estar coMigo, acompanhar-Me.
Só os
que Me acompanham, observam, contemplam e sabem os porquês
daquilo que parece confuso, sem significado, difícil de
compreender. Sim, é preciso estar coMigo, permanecer coMigo,
para entender as coisas, pois só Eu sou a Fonte de todo o
conhecimento.
Só os
que permanecem coMigo contemplam, só os que ficam coMigo
sabem os Meus segredos, e entram na Sabedoria pela porta da
Minha dor, que é a única porta por onde se entra a para
encontrar a verdadeira Sabedoria, aquela que o mundo não
entende, porque se enredam em idéias falsas, para adormecer
os que preferem ficar longe.
Escuta, Meu filho, Eu deixei os Meus discípulos com
instruções para rezarem, e tinham Me afastado até a
distância de um tiro de pedra, mas nada os impedia de irem
avançando para junto de Mim
Se
eles tivessem rezado, o Amor tê-lo-ia feito aproximar, e Eu
não os mandaria embora. Teriam visto como Eu sofri. Teriam
aprendido coMigo a sofrer. Teriam recebido forças para o
combate que se aproximava. Teriam podido acompanhar-Me e
consolar-Me na Minha dor.
Assim,
permaneceram a distância, não rezaram, adormeceram, e quando
os procuro, não percebem nada, estão confusos, não sabem o
que dizer. Não faças tu isso em nenhuma quinta-feira.
Permanece coMigo, no amor que te faz continuar aqui, apesar
de todas, as dificuldades que possas sentir.
DOR
SEM FIM
Volto
para o mesmo lugar e deixo os Meus, discípulos titubeantes,
de olhos pesados. Volto para junto de ti, que permaneces
coMigo, e espero que o teu amor Me diga agora aquelas
palavras que se dizem a um amigo que sofre, a alguém que
está triste, mesmo quando não se tem meio de afastar a dor
que atormenta.
Que Me
dizes? Que palavras tens para este momento em que a multidão
dos teus pecados e dos pecados dos teus irmãos Me cobriu até
Me sufocar, na sua lama e nas suas imundícies? Que Me podes
dizer depois Eu de ter assumido os teus .pecados, depois de
ter passado pela repugnância de os aceitar em Mim e Me
apresentar, aos olhos do Pai tão amado, coberto desta
imundície vergonhosa, com pecados tão horrorosos de falta de
amor?
Oh!
Meu filho, bem podes desenvolver pensamentos e palavras de
amor, bem podes arrepender-te, envergonhar-te dos teus,
pecados, bem podes fazer propósitos firmes de encetar vida
nova, vida pura, vida só para Mim.
Bem
podes humilhar-te no teu nada, na tua miséria, no teu
pecado! Bem podes curvar-te até ao pó, e agradecer ter Eu
assumido o que tu fizeste, para te livrar disso, ter Eu
aceitado a tua lama, para tu ficares limpo, sujar-Me para te
lavar com este sangue que brota como suor em todo o Meu
Corpo!
Não
tenho neste momento outra consolação, fora o Amor do Pai e
do amor que espero que Me demonstres. Fica coMigo em
silêncio, olhando os Meus olhos. Não procures distrair-te
nem buscar inspiração fora de Mim. Fixa-te em Mim, só em
Mim. Não penses em mais nada se não em procurar em
dulcificar com o teu amor, com todo o amor que fores capaz,
estes momentos dolorosos ...
..................
(faz uma pausa e interioriza, meditação ) ..................
Estes
momentos de companhia silenciosa que Me fazes, em que
afastas daqui os teus problemas pessoais, são muito valiosos
para ti. Aqui poderás alcançar graças que desejas, mesmo sem
Me falares nelas, se estiver na Minha Vontade conceder-te de
acordo com o plano da santificação que tenho para ti, e que
nem sempre compreendes.
Mas,
principalmente, alcanças graças que nem sabes, e que nem
pensavas, mas que te irei conceder, pela tua fidelidade e
pela tua gratidão do Meu Amor. Sabes que são muito poucos os
que assim Me fazem companhia e procuram consolar-Me nestes
momentos tão dolorosos.
Sim já
no Horto vejo que são muito poucos os filhos que Me hão-de
acompanhar com fidelidade, ao longo dos séculos, e muitos,
muitíssimos os que Me hão de abandonar, se hão de entreter
com outras coisas, que hão de adormecer, que se hão de
distrair com conversas, com trabalhos, com outras formas de
passar o tempo, porque estar aqui coMigo é muito aborrecido.
Sim, é
aborrecido, é triste... é mais que isso, é doloroso! Para
Mim hoje também foi doloroso no momento, e é ainda hoje,
pois ainda hoje sofro com o vosso afastamento e desamor, que
é pior ainda que o adormecimento dos Meus discípulos.
A
vossa falta de amor por Mim manifesta-se todos os dias da
vossa vida, com os pecados em que, descuidadamente caís e
voltais a cair. Todos vós mostrais falta de amor, mesmo
aqueles entre vós, que dizeis amar-Me. Nunca serão
demasiados os sacrifícios que possais fazer para
compensar-Me e mostrar nesta noite que afinal Me ama a mais.
Atualmente os Meus sacrários são o Horto onde semanalmente
vos espero, depois de vos ter esperado diariamente, tantas
vezes em vão! Vê como é triste, os Meus filhos passarem
diante das Minha Igrejas, sem pensar sequer em entrar para
Me saudar, sem o menor pensamento para Mim!
Os
Meus Sacrários são agora o Meu Horto, onde estou só, onde Eu
agonizo ao ver os pecados que se espalham pelo mundo, sem
que os meus filhos notem, porque na maior parte dos pecados
já ninguém repara, tanto eles se tomaram vulgares, que
acabaram por se impor as vossas mentalidades sujas.
Os Meus filhos já não vêem o que é mau, já não sabem o que é
pecado, porque não se preocupam em procurar saber.
Preocupam-se com o seu trabalho, com a melhor forma de
ganhar dinheiro, com as coisas que querem adquirir, com a
opinião das pessoas, com os problemas familiares, mas não se
preocupam com aquilo que está certo ou errado.
E
assim, o mal se alastra em divertimentos e imoralidades sem
conta, em que aqueles que deviam ser Meus, tomam parte sem
remorso. O mal se alastra em injustiças, em buscas de
melhores posições, de mais honras, de mais prazeres, muitas
vezes por meio ilícitos a Meus olhos.
Ninguém repara por que vêem todos fazê-lo. Isso torna-se uma
prática vulgar e normal aos olhos dos jovens que crescem na
observação dessas atitudes e dessas mentalidades, sem que
alguma coisa lhes seja ensinada, a respeito dos verdadeiros
valores e até a Meu respeito.
É esta a agonia atual, que vivo nos Meus Sacrários. A maior
parte dos Meus Sacrários são lugares tristes, onde passo
horas e dias sozinho, sem filhos que Me visitem.
Vivo em Igrejas que se encontram fechadas durante a maior
parte do dia, por causa da possibilidade de roubos.
Mas essa possibilidade desapareceria se os Meus filhos
ficassem ao pé de Mim e não Me deixassem sozinho, se
fizessem turnos para Me acompanhar durante o dia. Usando o
tempo de que podem dispor.
Todos
dispõem sempre de algum tempo, que gastam nos que lhe
agrada. Se não vem para ao pé de Mim é porque não gostam de
estar coMigo! São horas tristes que passo nestes Sacrários
Horto, a espera de alguém que Me queira fazer companhia.
São
horas tristes que passo sozinho, ansiando por vós, horas
amargas, em que olho para as ruas e para as vossas casas e
vos vejo ocupados em tudo, menos comigo, vejo o que fazeis e
vejo os vossos pecados, mesmo aqueles que ocultais.
Olho
para os bancos das Igrejas e vejo-os vazios. E assim passo
horas e horas, todos os dias. Depois vem a noite, e a
multidão dos pecados continua a engrossar, agora nos
divertimentos noturnos, tantas vezes poucas inocentes.
Assim
continua o vazio a Minha volta, vazio de pessoas, vazio nas
vossas almas, vazio nos vossos corações que, esvaziados de
amor, procuram consolar-se em buscas de prazer, cada vez
mais sofisticado e pecaminoso.
Á noite continuo a olhar para vós, em quanto dormis e outros
se divertem. E continuo só, porque ninguém vem
acompanhar-Me. Apenas a solidão é Minha companheira, porque
vós dormis ou estais distraído, sem me visitar nem em
pensamento.
Quero
agora dizer-te que, quando não podes vir ter coMigo, se
procura fazê-Lo com
o teu
pensamento, ficas coMigo, tal como se estivesse junto ao Meu
Sacrário, pois eu aceito sempre a vossa companhia
espiritual, quando não podeis, realmente, vir para junto de
Mim.
A vossa companhia, mesmo a distância, quando é
feita com o coração, é sempre para Mim imensamente
agradável.
Mas são poucas, muito poucas, as almas que se
lembram, durante o dia de que Eu estou sozinho nos Sacrários
das igrejas e das capelas, e procuram fazer-Me então um
pouco de companhia, mesmo do lugar onde estão.
Se são muito poucas estas almas que me recordam
durante o dia, acredita que são ainda menos aquelas que se
lembram da Minha solidão durante a noite.
Aqui, nos Meus Sacrários-Horto, espero durante toda
a semana pelos Meus filhos. Quando aparecem, muito entre
eles, apresentam-se distraídos, outros, numa total falta de
respeito.
É grande a percentagem daqueles para quem a Minha
presença nada representa. Não me falam, mas falam uns com os
outros, quando estão junto de Mim.
Dos Meus Sacrários observo os indiferentes,
os que conversam, as mulheres desnudadas, e vejo que sou
muito pouco importante para a grande maioria dos Meus
filhos. É este abandono de que Me queixo, perante uma Igreja
cheia de gente no dia de Domingo.
Está, efetivamente, cheia de gente, mas é como se
não estivesse lá ninguém, pois os seus corações não estão
coMigo.
Ali só estão os corpos, e muitos em atitudes
pouco respeitosas.
E o que vou dizer das comunhões o momento por Mim
tão esperado, quando vejo aproximarem-se de Mim as almas
indiferentes, muitas delas sem mesmo saberem bem o que vão
fazer?
Vejo também, com horror, que se aproximam aqueles
cujas almas, carregadas de pecados, parecem estrumeiras,
onde Me introduzem.
Aproximam-se almas cheias de ódio, almas que não
perdoam, e Eu tenho que descer para o meio de toda essa
raiva; almas que trazem inveja, outras cheia de orgulho, que
se consideram inundadas de saber ou de virtudes, outras que
vivem em uniões ilícitas, públicas ou escondidas. Trazem
tantos pecados secretos, mas que Eu vejo! Como para alguns
já nada tem importância, vem receber-Me com toda a espécie
de delitos, até depois de terem morto um filho.
Todos estes se aproximam de Mim, para recerber-Me,
não por Amor, mas por hábito, alguns por ignorância, que
pode ser ou não culpável. Por isso não julgues nunca os que
vês aproximarem-se de Mim, mas procura rezar por estas
pessoas, se te parece que não deviam vir. Ainda falta agora
falar-te daqueles que Me desprezam ao ponto de Me receberem
e depois Me levarem para Me deitar fora, examinar em casa e
brincar, para conservar, por falsa piedade, ou para vender.
Foi terrível o que senti no Horto por causa
daqueles que assim procedem agora.
Os que Me levam para Me deitar fora, simplesmente,
mostram por Mim, um absoluto desprezo, filho da ignorância
religiosa que se alastra pelo mundo, filho da falta de
educação que tiveram neste setor. Partem de uma culpa que
não é deles, mas tem raízes longas.
A
culpa parte daqueles que os deviam ter ensinado e não o
fizeram, por eles próprios não saberem, ou por se
encontrarem mergulhados em tibieza e em mundanismo.
Muitos
destes filhos recebem-Me para experimentar. São estes, de
todos os sacrilégios, os que menos culpa têm. Normalmente
são jovens, irresponsáveis, sem hábitos de respeito, sem
idéia do que quer dizer sagrado, sem ensino religioso, ou
com ensino muitíssimo deficiente.
Os que
Me levam para examinar em casa e para brincar, já tem um
certo conhecimento e querem ver melhor, observar o que é
afinal que as outras pessoas tanto estimam.
São pretensos intelectuais, cheios de filosofias
e
teorias científicas, que com orgulho tentam aplicar-Me, como
se Eu fosse tão pequeno que tivesse que Me sujeitar aos
conceitos humanos.
Este sacrílegos também são ignorantes, Mas julgam
que sabem e, por isso, do seu pecado, filho do orgulho,
permanece.
Podem ter tido educação religiosa, mas o seu
orgulho e falso saber, fez-lhes perder totalmente a fé. Para
estes não há fé, mas ciência e filosofia.
Os que Me levam para conversar por falsa piedade,
são também ignorantes. Ignoram o verdadeiro respeito que Me
devem e a obediência às leis da Igreja. Levam-Me com boa
intenção, dizem eles, mas, na realidade, estão a fazer da
Minha presença Eucarística, em que deixo fazerem-Me o que
quiserem, um joguete dos seus desejos de piedade mal
dirigida e falsa.
É uma piedade que não é verdadeira, porque é filha
do orgulho, que pensa que tudo lhe é permitido, que pode
fazer do seu Deus um objeto que põem e dispõem, a seu gosto
e prazer espiritual.
Entristece-Me profundamente todo aquele que assim
procede, e peca no seu orgulho, levando-Me para onde não
deve, apenas para satisfazer o seu "eu".
Os que Me levam para vender são de todos os mais
culpados, porque sabem o que estão a fazer, sabem que estão
a lidar com algo muito precioso, uma vez que é tão bem pago.
Mesmo que sejam ignorantes, certamente se deveriam
informar sobre a preciosidade que lhes pagam para levar. É
um pecado grave como o de Judas. É sacrilégio muito difícil
de ultrapassar, porque estas almas escurecidas recusam toda
a luz, que lhes permitiria ver o mau caminho que pisam.
Todas estas almas passam em cortejo no Meu Horto, e
hoje estão presentes à roda dos Meus Sacrários,
principalmente nos dias de Domingo, embora também algumas
venham nos outros dias, principalmente as duas últimas
categorias, misturando-se com os outros irmãos.
Todas elas precisam muito da tua oração,
porque são almas
em
perigo de perdição.
Meu filho nesta noite tão santa, aparecem ainda
aqui os que nas cerimônias de que já te falei, Me ultrajam
nessas Hóstias consagradas, que adquirem por altos preços,
das mãos daqueles que as vão buscar para vender.
Estes sabem muito bem o que fazem e odeiam-Me. Não
têm dúvida alguma de fé. Sabem bem que eu estou ali e, por
isso, não lhes serve uma hóstia qualquer, mas apenas uma que
tenha a Minha presença, para a poderem profanar em honra do
meu inimigo, de quem são servidores convictos.
Não te explico o que fazem. Nunca tenhas
curiosidade de o saber, pois é tão horrível e ultrajante,
que o revelo, intimamente, só a muitos poucos, aqueles que
quero levar por caminhos de uma maior reparação. Mas para
chegar aí a caminhada é ainda muito longa. Por isso procura
agora fazer apenas aquilo que te peço, com fidelidade, e
terás já muito para fazer.
Nunca queiras dar passos à frente dos Meus, porque
só Eu sei qual é o caminho bom e sólido para ti. Avança
conforme te vou ensinando, conforme vou pedindo, e estarás
no caminho da Minha Vontade.
Aqui no Horto coMigo, entrega-te, com Eu, à Vontade
do Pai. Compartilha aqui o que te faço entender. Reza por
todos os que passam aqui em cortejo de pecado e dor.
Vigia e ora coMigo.
Peço-te que Me acompanhes até à meia-noite. Poderás
ficar? Terás amor por Mim, o bastante para ficares uma hora?
Se a tua saúde, verdadeiramente, não permite que
fiques até essa hora, poderás parar mais cedo, mas ficarás
uma hora a Meu lado?
Ter-Me-ás amor que chegue para ficares coMigo as três horas,
das 21 horas à meia-noite?
Três horas é muito, poderás dizer. Será muito para
quem ama? E tu amas-Me?
Se o teu amor é pequenino e não agüentas tanto,
quererás começar por uma hora e ires aumentando, à medida
que, com a fidelidade e a Minha graça, o teu amor por Mim
aumentar?
Meu filho, tudo depende de ti, da tua vontade, do
teu amor, pois a Minha graça não te faltará, mas Eu não
imponho coisa alguma aos Meus filhos. Os Meus próprios
Mandamentos, só os aceitais se quereis.
Nada vos imponho, nem a Salvação.
Em
tudo tereis que dar uma resposta pessoal e responsável.
É também de maneira pessoal que terás de responder
a este Meu convite. Se queres, vem para junto de Mim.
Se recebes este convite é porque tenho para ti
muitas graças, ligadas ao pedido que te faço. Se o recusas;
recusas as graças. Depende de ti aceitá-las ou recusá-las.
Se recusas, não digas que Me amas, mas que amas a
tua comodidade.
No Horto ninguém está em posição mais incômoda do
que Eu, ninguém sofre mais dores do que Eu, ninguém está
mais triste e mais abandonado do que Eu.
Desejo companhia. Por isso procurei os Meus
discípulos e voltei a encontrá-los a dormir. Mas encontro-te
a ti vigilante, e esta tua vigilância em oração é alegria
suave para mim.
Quando rezas coMigo no Horto, pouso em ti os olhos,
com Amor. És a alma fiel, talvez pobre e pecadora, mas fiel
ao Meu chamado, de coração aberto para o que Eu peço, para
rezar pelos irmãos e para recebe as Minhas graças.
Não sairás daqui sem a Minha bênção.
Nesta noite de Amor e dor, tu, alma fiel que estás
junto de Mim, és abençoada.
Ainda com o rosto avermelhado pelo Suor e Sangue,
olho para ti. Os Meus olhos tristes têm agora uma força e
uma determinação de quem sabe o caminho e o quer seguir,
custe o que custar. Têm também, pode ver, uma grande paz.
Lanço-te um olhar agradecido pelas horas de
companhia que Me fizeste, um olhar de muito Amor e de algum
conforto pela tua oração. Levanto-Me, porque está na hora de
partir. Está na hora de chegarem àqueles que Me levarão para
maiores sofrimentos, que estou firmemente determinado a
suportar por ti.
Tu continuas de joelhos, porque quero neste momento
abençoar-te.
Recebe a bênção que te dou, no Amor do Pai, ao qual
estou unido, e com o Espírito Santo, que deixo contigo, para
que seja o teu Companheiro, Consolador e Santificador,
durante toda a vida.
ORIENTAÇÃO
PARA AS HORAS DA "PASSIO DOMINI"
LOCALIZAÇÃO
Situa-se no lugar onde estou e onde entras: no
Horto das Oliveiras. Observa o lugar e contempla-Me. Há no
ar uma sensação de tristeza.
ADORAÇÃO
Ajoelha-te e adora com os Anjos. Este que aqui está
para começar a Sua vigília de dor, ou, se chegas mais tarde,
que está a sofrer pelos vossos pecados.
Conserva-te em adoração algum tempo.
Se estás acompanhado, podes rezar em voz alta
orações de adoração, principalmente se rezas com pessoas
pouco experientes na oração silenciosa.
“Passio Domini” é um termo em latim que significa Paixão do Senhor.
AÇÃO DE GRAÇAS
Agradece a graça que te faço em te chamar aqui, em
permitir que Me faças companhia durante estas horas, em
aceitar a reparação que Me vais oferecer.
Agradece por ti e pelos teus irmãos que vão
beneficiar da tua oração.
Agradece o que Eu vou fazer em ti e no teu próximo
através de ti.
Agradece o Amor, Salvação que vos ofereço, a Minha
presença no meio de vós e o Meu Sacrifício de dor e de
morte.
COMPANHIA REPARADORA
Mergulha-te agora coMigo em oração silenciosa. Se
tens dificuldades, procura suporte nas linhas escritas que ficaram
para trás, em que te mostro o Meu sofrimento no Horto.
Repete as Minhas palavras. Mergulha o sofrimento
que tiveres, no Meu próprio sofrimento, na Minha solidão.
Vê o aproximar dos pecados, de todos os pecados do
mundo, em todos os tempos ... os teus próprios pecados.
Vê como assumo cada um, mesmo os mais repugnantes
e, assim fico coberto de toda a lama e maldade do mundo,
diante do Pai.
Vê o Suor e Sangue inundar o Meu rosto e todo o Meu
corpo...
Adora-Me nesta situação, em silêncio, e
arrepende-te...
.............. (faz uma
pausa, e ora com o coração)..............
.
Pede perdão para o mundo. Podes ir dizendo os
pecados do mundo, pelos quais pedes perdão.
.............. (faz uma
pausa, e ora com o coração)..............
Vê-Me buscar companhia nos Meus discípulos, e não a
encontrar. Mergulha aqui os teus desencantos, desilusões e
abandonos...
.............. (faz uma
pausa, e ora com o coração)..............
Faz propósitos demais amor por Mim, demais
companhia, e demais amor aos irmãos...
.............. (faz uma
pausa, e ora com o coração)..............
Volta a rezar coMigo, com muito amor. Aceita coMigo
a dor que te aflige. Aceita as tuas dificuldades, a tua
miséria.
Põe a Meus pés aquilo que és, aquilo que tens, que
fazes, que suportas, os teus próprios pecados, para que te
limpe deles .
Entrega-Me todo o teu ser, o teu tempo, a tua
saúde, o teu trabalho, as tuas disponibilidades econômicas,
a tua família, a tua própria vida...
.............. (faz uma
pausa, e ora com o coração)..............
Olha-Me nos Meus Sacrários, sozinho, fechado,
olhando sem amor, tratado sem respeito, ultrajado em
comunhões sacrílegas.
No horto vi essas situações e sofri aflições por
causa daquilo que Me fariam. O que Me fazem agora senti-o
então. É por isso que é preciso agora a reparação dos filhos
que neste Horto, hoje Me fazem companhia.
Agradece-Me ter ficado convosco. Pede perdão por
aqueles que não Me adoram, não Me respeitam e Me ultrajam.
Reza por esses irmãs e adora-Me tu por eles.
.............. (faz uma
pausa, e ora com o coração)..............
Aqui, coMigo, podes acompanhar os tormentos da
minha Paixão, tormentos que, no Horto, Eu vi, um por um.
Contempla-os coMigo. Acompanha-Me neste momento difícil, em
que Eu vejo o que vou sofrer.
Prometo aceitar o sofrimento que Eu permitir que te
aconteça.
.............. (faz uma
pausa, e ora com o coração)..............
Continua na Minha companhia e procura agora também
a ajuda de Maria. Minha e tua Mãe, passando, se quiseres, no
seu Rosário os mistérios dolorosos.
.............. (faz uma
pausa, e ora com o coração)..............
Continua coMigo. Fala-Me no teu coração. Deixa-o
expandir para Mim e por Mim. Se preferes, fica calado,
contemplando-Me, ou dizendo, simplesmente que Me ama. Mesmo
que não soubesse dizer mais nada, isto chegava.
INTERCESSÃO
Reza agora pelas pessoas que se recomendam a tua
oração. Reza por aquele de que te lembras, por familiares,
amigos e por aqueles que já te fizeram sofrer. Chama-os
todos, espiritualmente, para junto de ti, pois serão
abençoados todos os que Me fizeram aqui companhia.
Reza agora, demoradamente, pelos sacerdotes, pelas
suas grandes necessidades.
Se estás acompanhado, esta oração também poderá ser
feita em voz alta e co-participada.
Poderás usar o modelo de oração que vem a seguir,
ou rezar de forma mais pessoal, mas sempre percorrendo as
diversas necessidades que te foram apontadas.
Não tenha pressa. Neste campo há muito o que fazer.
ORAÇÃO PELOS SACERDOTES
PARA A ÚLTIMA HORA DO HORTO DAS OLIVEIRAS
Senhor, nós vos pedimos
uma gota do
Vosso Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro
de graças, para os sacerdotes que se transviam no caminho,
onde um dia entraram com amor e alegria e hoje põe em
dúvida, perante as dificuldades que se encontram. Nós Vos
imploramos, acudi a esses sacerdotes, dissipai-lhes as
dúvidas e mostrai-lhes a alegria de ser Vosso...
....
.... ...
Nesta oração as
reticências significam que se deve fazer uma pausa para
maior interiorização.
( REZAR: 01 PAI NOSSO..., 01
AVE MARIA..., 01 GLÓRIA AO PAI... )
Senhor, nós Vos pedimos uma gota do Vosso
Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças, para os sacerdotes que não imploram graça e luz para
as suas dúvidas e tentações. Não pedem perdão pelos seus
pecados e que não rezam por aqueles de que tem
responsabilidade. Senhor, para eles imploramos a graça da
oração...
....
.... ...
Senhor, nós vos pedimos
uma gota do
Vosso Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro
de graças para os sacerdotes que se entregam exclusivamente
as obras, que vivem no desejo de êxito, que se deixam
embalar pelos louvores e descuidam de sua vida espiritual.
Para ele, Senhor, perdão, graça e luz...
....
.... ...
Senhor, nós vos pedimos uma gota do
Vosso Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças, para os sacerdotes que se envaidecem no seu saber.
Estudam para mostrar cada vez mais sabedoria ao mundo, mas
cujo saber está eivado de doutrinas falsas, que põem em
dúvida a Vossa própria palavra nas Sagradas Escrituras, e
assim geram a descrença nos filhos que lhes confiastes.
Mostrai-lhes, Senhor a Vossa verdade, iluminai-lhes o
caminho...
....
.... ...
Senhor, nós Vos pedimos
uma gota do
Vosso Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro
de graças, para os sacerdotes mundanizados, que apreciam as
festas, as comodidades, os luxos e o dinheiro e, por isso,
se aproximam apenas das pessoas mais ricas, desprezando os
pobres. Perdoai-lhes, Jesus, e mostrai-lhes o Vosso caminho
de pobreza e humildade...
....
.... ...
Senhor nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo
Sangue, nesta última hora, como tesouro de graças, para os
sacerdotes que desprezam o trabalho humilde do
confessionário e o atendimento daqueles que os procuram na
necessidade de um conselho, que afastam as almas aflitas com
palavras de aborrecimento e pressa, que afastam as pessoas
da confissão da qual eles próprios se afastam também.
Iluminai-os, nós Vos pedimos, ajudai-os a dominar-se tocai-o
com o vosso Amor...
....
.... ...
Senhor, nós Vos pedimos uma gota do
Vosso Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro
de graças, para os sacerdotes que se deixam dominar pelos
sentidos e pelas paixões, pelos que se deixam seduzir e
pelos que são eles próprios a atrair e a seduzir, com
palavras de mel, com Vosso nome e o de Vossa Mãe, enganando
incautos , tristes, desanimados e ingênuos.
Levando-os para o seu próprio pecado oculto. Perdão, para
eles, Jesus. Perdoai e convertei-os
....
.... ...
Senhor, nós Vos pedidos
uma gota do
Vosso Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro
de graças, para os sacerdotes que recusam a Vossa Cruz, e
atiram com ela para os ombros dos irmãos, com manifestações
de mau gênio ou de preguiça. Mostrai-lhes Senhor, a
sabedoria da Cruz e enchei-os da Vossa própria paciência...
....
.... ...
Senhor, nós Vos pedimos
uma gota do
Vosso Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro
de graças para os sacerdotes que tem cargos de 'chefia, de
destaque, para que exerçam as suas funções com humildade e
delas não se envaideçam, mas as unem por vos servir...
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Senhor, nós Vos pedimos
uma gota do
Vosso Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro
de graças, para os sacerdotes que são orientadores de grupo,
para que lhes sejam dadas as graças necessárias ao bom
desempenho do seu cargo e a sua santificação pessoal...
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Senhor, nós Vos pedimos uma gota do
Vosso Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro
de graças, para os sacerdotes que estão no ensino e vos
imploramos para elas a Sabedoria e a Ciência de que
necessitam nas Suas funções, aliadas a um grande amor por
Vós, para comunicarem aos seus alunos...
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Senhor, nós vos pedimos
uma gota do
Vosso Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro
de graças para os sacerdotes que tem de responder perante os
meios de comunicação para que transmitam sabedoria
verdadeira...
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Senhor, nós Vos pedimos
uma gota do
Vosso Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro
de graças, para os sacerdotes que são superiores de casa
religiosas para que transmitam o Vosso amor a todos os
irmãos e cresçam em santidade...
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Senhor, nós Vos pedimos
uma gota do
Vosso Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro
de graças, para os sacerdotes que estão ligados a grandes
obrigações pastoreais, para que as exerçam com amor, na
total entrega a vossa vontade. Enchei-os, de sabedoria e de
santidade, de luz e de fortaleza...
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Senhor, nós Vos pedimos uma gota do Vosso
Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças, para os sacerdotes encarregados de pregar, para que
lhe seja dada a luz e a pureza necessária aos bons frutos da
sua missão...
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Senhor, nós vos pedimos
uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças, para os sacerdotes que se vêem rodeados de papéis
para analisar, de assuntos para resolver. Acompanhai-os,
Senhor, e enchei-os de sabedoria...
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Senhor, nós Vos pedimos uma gota do Vosso
Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças para os sacerdotes que chegaram ao fim do dia e não
tiveram a hora para estar convosco. Nós Vos imploramos, ide
Vós ter com eles e tocai-lhes o coração com a Vossa graça e
o Vosso Amor, para que vejam que a Vossa companhia é melhor
que tudo o mais...
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Senhor, nós Vos pedimos uma gota do Vosso
Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças, para os sacerdotes que trabalham nos hospitais, para
que seja dada a graça de transmitir a paz e a esperança aos
doentes e comunicar o Vosso Amor a todos, principalmente aos
que vão morrer...
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Senhor, nós vos pedimos uma gota do Vosso
Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças para os sacerdotes que andam de paróquia em paróquia
assoberbados de trabalho. Santificai. Senhor, as suas lides
apostólicas com as graças dos vossos trabalhos e
canseiras...
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Senhor, nós vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue,
nesta última hora, como tesouro de
graças, para os sacerdotes que estão doentes e para os que
são idosos. Concedei-lhes a graça de aproveitarem as suas
dores e dificuldades para crescerem em amor e santidade...
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Senhor, nós vos pedimos uma gota do Vosso
Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças, para os sacerdotes que são vítimas de intrigas e
calúnia. Dai-lhes forças para a sua cruz.
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Senhor, nós Vos pedimos uma gota do Vosso
Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças, para os sacerdotes que estão continuamente rodeados
de pessoas que se convencem de que eles são santos e os
rodeiam de muitos perigos, além de os fazerem perder tempo.
Senhor, fazei que eles não Vos percam de vista...
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Senhor nós Vos pedimos uma gota do Vosso
Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças, para os sacerdotes que estão tentados, em trevas,
que não vêem o caminho, que não sabem o que mais o que fazer
da sua vida, para que a luz de que necessitam lhes seja
dada. Tenha piedade deles Senhor...
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Senhor nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças, para os sacerdotes que já não tem a verdadeira fé,
que se deixaram dominar por idéias falsas e já não
acreditam nos sacramentos, não crêem na Vossa presença
Eucarística e admitem as faltas de respeito e os abusos.
Jesus, perdão para esses sacerdotes. Mostrai-lhes os
seus erros...
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Senhor, nós Vos pedimos uma gota do Vosso
Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças, para os sacerdotes que não obedecem ao Santo Padre e
se afastam da Vossa Igreja. Suplicamo-Vos por eles, fazei-os
voltar a obediência a Igreja...
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Senhor, nós Vos pedimos uma gota do Vosso
Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças, para os sacerdotes que estão arrependidos de ter
seguido o caminho do Sacerdócio, e para os que estão
tentando a deixá-lo. Nós Vos pedimos que lhes deis luz para
verem o caminho e Amor para não o deixarem...
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Senhor, nós Vos pedimos
uma gota do
Vosso Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro
de graças, para os sacerdotes que cederem a tentação, Vos
abandonaram e agora erram pelos caminhos do mundo. Nós Vos
pedimos para eles a graça do arrependimento. Nós imploramos
que eles voltem...
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Senhor, nós Vos pedimos uma gota do Vosso
Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças, para os sacerdotes que estão arrependidos de Vos
terem abandonado, mas não vêem possibilidades de mudar de
vida, pelas responsabilidades que assumiram. Nós Vos pedimos
que os envolvais com a vossa misericórdia...
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Senhor, nós Vos pedimos uma gota do Vosso
Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças, para os sacerdotes que não se arrependem de Vos
terem abandonado e fazem gala da sua traição. Nós Vos
pedimos para eles a graça do arrependimento e do perdão...
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Senhor, nós vos pedimos uma gota do Vosso
Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças para os sacerdotes que resistem, que rezam e
trabalham, pelos que cumprem o seu dever, que procuram
agradar-Vos e não ao mundo, para que preservem nessa atitude
e avancem, cada vez mais no caminho da santidade. Sede vós
próprio, Senhor, sempre a tua consolação e a sua alegria...
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Senhor, nós vos pedimos uma gota do Vosso
Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças, para os sacerdotes que se afadigam e sofrem muitas
necessidades e perigos na Missões, para que sejam
fortalecidos, cada vez mais...
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Senhor, nós vos pedimos uma gota do Vosso
Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças para os sacerdotes falecidos, para que, pelo vosso
sangue, sejam purificados e conduzidos ao Vosso Reino...
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Senhor, nós vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, nesta última hora, como tesouro de
graças, para os sacerdotes, para que eles conduzam até vós
os filhos que lhes confiastes e recebam finalmente a coroa
de glória de Vosso Reino...
Amém.
CONCLUINDO.
Termina estas horas de amor reparação pedindo a Minha
bênção, e tenha a certeza de que ela te será dada, mesmo que
estejas só. Na verdade não estivestes só, mas sempre comigo.
Agradeço-te e abençôo-te no fim desta última hora. Leva
contigo as Minhas graças e o Meu Amor, que te fará
permanecer comigo através das horas do teu sono, para,
amanhã ao acordares, continuares comigo durante todo o teu
dia. E assim até o fim a tua vida, em que, finalmente,
ficarás comigo para sempre.
Fonte:
Extraído do livro "Faz-Me Companhia" de Maria Stella
Salvador - Ed. Paulus.
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